Naquele dia
Havia dentro das palavras
multidões a correr em cada imagem
praças cheias de versos e versos cheios de
gente. Havia uma rua pela página acima
e folhas e folhas pela rua. Ou talvez letras.
Ou talvez rimas. Havia o teu rosto
na cidade. Ou talvez a cidade no teu rosto.
Havia naquele dia o que
se via e não se via. E só se ouvia
o que não se
ouvia.
Era uma surda obsessiva
litania. Ou talvez
poesia.
Foz do Arelho, Julho de 2001
( Manuel Alegre- Doze Naus )
Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
sexta-feira, outubro 17, 2008
E só se ouvia o que não se ouvia...
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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Este não conhecia e como gostei!
ResponderEliminarLindo demais. Pura música. "Ou talvez poesia."
ResponderEliminarFlor, manda seu e-mail pra mim. Perdi tudo deste meu lado do mar. ;((
Beijo grande.