Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
domingo, fevereiro 19, 2006
Com que doçura...
Madrugada no campo
Com que doçura essas brisa penteia
a verde seda fina do arrozal -
Nem cílios, nem pluma,
nem lume de lânguida lua,
Nem o suspiro do cristal.
Com que doçura a transparente aurora
tece na fina seda do arrozal
aéreos desenhos de orvalho!
Nem lágrima, nem pérola,
nem íris de cristal...
Com que doçura as borboletas brancas
prendem os fios verdes do arrozal
com seus leves laços!
Nem dedos, nem pétalas
nem frio aroma de anis em cristal
Com que doçura o pássaro imprevisto
de longe tomba no verde arrozal!
- Caído céu, flor azul, estrela última:
súbito sussurro e eco de cristal
in "Flor de poemas"- 1984
Cecília Meireles
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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AS aguarelas são lindas! Mas os poemas tambem.Gostei muito de passar por aqui.
ResponderEliminarApreciar a harmonia da natureza é um dom notável.
ResponderEliminarExcelente associação entre a verdura e o poema.
ResponderEliminarParabens e boa semana.
...e aqui.
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