terça-feira, março 31, 2009

O tempo arrefecido, e só soprado por uma brisa...


(Tissot)
A segurança destas paralelas
- a beira da varanda e o horizonte
assim me pacifico, e é por elas
que subo lentamente cada monte.

O tempo arrefecido, e só soprado
por uma brisa tarde que do mar
torna este minuto leve e aconchegado,
traz mansas as certezas de se estar.

E vêm novos nomes: são as fadas,
gigantes e anões, que são assim
alegres de o serem- parcos nadas

que enchendo de silêncios este sim
dele fazem brinquedos, madrugadas...
Agora estou eu em ti e tu em mim.

(Pedro Tamen)

4 comentários:

  1. mas que poema maravilhoso!...

    um grande abraço
    jorge vicente

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  2. Ou uma gaguez da linguagem. "Todos os poetas são gagos"- P. Tamen
    O poema é lindo, vejo-o como um poema de amor, em que as partes se vão completando até à construção de uma totalidade.
    Gal

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  3. Transferências: brisas e aconchegos.
    Belo poema.

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  4. Eis a pura magia que acontece quando sentimos parar o tempo e tudo passa a ser comandado pelos instintos.

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