Tenho, como quase toda a gente, um carinho especial pela praia da infância e adolescência. Foi nesse espaço e nesse lugar que as coisas mais importantes aconteceram. As coisas mais importantes são, como é óbvio, aquelas que se inscrevem na minha memória, como se o sílex as tivesse desenhado. Não consigo evocar Sesimbra sem que associado a este nome, rostos, imagens, sorrisos, sonhos, angústias me apareçam ligadas a uma variedade de lugares e de recantos. Embora, actualmente, pouco visite Sesimbra, coloco-a, afectivamente, quase no mesmo plano da cidade em que vivo. É de tal maneira assim que não tendo nunca tomado qualquer iniciativa para ter um qualquer ponto de apoio por aquelas paragens, não deixei de sonhar vir a ter por ali um cantinho qualquer. Muito provavelmente tal nunca acontecerá, o que não me impede de voltar a Sesimbra sempre que preciso de encontrar um recanto, sempre que me apetece recordar as coisas boas de menina, as coisas aventurosas e entusiasmantes dos anos da juventude, e os primeiros grandes desgostos também. Tudo o que se recorda é verdadeiramente a nossa história.
Olhem bem, porque me descobrem, de certeza, sentada ali na Esplanada do Café Central.
Olhem bem, porque me descobrem, de certeza, sentada ali na Esplanada do Café Central.
Uma palavra de ternura para um blog, que visito de tempos a tempos, e donde "pesquei" este postal antigo. Sesimbra, dá-nos uma visão da Sezimbra antiga e da moderna Sesimbra, viva, e capaz de preservar as coisas bonitas que tem.
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