
A pequena cidade da infância
é, como um sonho, turva ainda sob
o céu- que do passado guarda a ânsia
nocturna das esperas-onde coube
toda a vida futura Não a soube
ela ver das estrelas na abundância
ardendo, tal aquele a quem alguém roube
o tempo por viver sem que a constância
dos dias o ignore Essas estrelas
como num sonho soltam-se perdidas
da constelação rápida que tinha
do tempo a forma Ó vã cidadezinha
antes de qualquer tempo sobre a vida
mataste o tempo que te come agora
Gastão Cruz (1941)
Crateras
A glória dos tons.O encanto dos olhos. A leitura que se sente.Bj.
ResponderEliminar