sexta-feira, setembro 19, 2008

..demonstrar a utilidade dos bróculos, das framboesas....


A validação de um medicamento anticancro até à fase da experiência em seres humanos custa 500 e 1000 milhões de dólares. Este tipo de investimento parece justificar-se se considerarmos que até o Taxol, um medicamento relativamente secundário no combate ao cancro, rende anualmente mil milhões de dólares à empresa detentora da patente. Por outro lado, do ponto de vista financeiro, não é possível investir tais quantias para demonstrar a utilidade dos bróculos, das framboesas, do chá verde, pois estes produtos não podem ser patenteados e a sua venda jamais cobrirá o investimento inicial. Mesmo quando existem, os estudos realizados em seres humanos sobre as vantagens dos alimentos no combate ao cancro nunca atingem o calibre dos ensaios clínicos com medicamentos. Os estudos realizados em animais são mais comuns, financeiramente comportáveis e podem ajudar-nos a perceber qual o caminho a seguir. Infelizmente, o conceito de que os ensaios realizados em ratos nada provam em relação aos seres humanos é verdadeiro.
Por tudo isto, é essencial incentivar as fundações e as instituições públicas a financiar estudos em seres humanos sobre os benefícios dos alimentos no combate ao cancro. No entanto, estou convencido de que não é necessário aguardar por tais resultados em larga escala para começar a incluir alimentos anticancro no nosso regime alimentar. Está claramente comprovado que o tipo de alimentação que adotei e que aqui recomendo, não apresenta qualquer risco e, pelo contrário, traz benefícios para a saúde que ultrapassam largamente os seus efeitos sobre o cancro. Este tipo de alimentação pode ter efeitos benéficos sobre a artrite, as doenças cardiovasculares, a doença de Alzheimer, etc.(cont.)

(David Servan- Schreiber-Anti-cancro)

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