Colocou a sua mãozinha sobre a minha e pôs-se a rir novamente, enrugando deliciosamente o narizinho; o seu riso era tão límpido, tão ligeiro e espontâneo que decidi imediatamente não resistir ao amor que sentia começar a nascer dentro de mim.
Nessa tarde, fomos passear de braço dado para a beira-mar. A nossa conversa foi cheia de fragmentos das nossas vidas sem rumo, sem plano geométrico. Não tínhamos nenhum gosto em comum. Os nossos caracteres e predisposições eram completamente diferentes, e entretanto, na mágica facilidade desta amizade, sentíamos que algo nos estava prometido. Também gosto de recordar o primeiro beijo junto ao mar, com o vento a brincar-lhe nos cabelos- Um beijo interrompido pelos acessos de riso que a tomavam quando se recordava do meu lastimoso discurso. Era o símbolo da paixão que gozávamos, da sua índole e da sua superficialidade: da sua caridade.
Nessa tarde, fomos passear de braço dado para a beira-mar. A nossa conversa foi cheia de fragmentos das nossas vidas sem rumo, sem plano geométrico. Não tínhamos nenhum gosto em comum. Os nossos caracteres e predisposições eram completamente diferentes, e entretanto, na mágica facilidade desta amizade, sentíamos que algo nos estava prometido. Também gosto de recordar o primeiro beijo junto ao mar, com o vento a brincar-lhe nos cabelos- Um beijo interrompido pelos acessos de riso que a tomavam quando se recordava do meu lastimoso discurso. Era o símbolo da paixão que gozávamos, da sua índole e da sua superficialidade: da sua caridade.
(Lawrence Durrel- Justine)
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