O "Aguarelas de Turner" retoma, a partir de hoje, o estilo anterior às férias. Já tenho saudades da anterior forma do blog onde a pintura e a fotografia se cruzam com a poesia, literatura, filosofia...
A música e a referência a um filme, semanalmente, também não deixarão de aparecer.
Escolhi hoje o Wall-e para reabrir a nova época. Embora tivesse lido várias referências extremamente promissoras fui vê-lo um pouco "à defesa". Uma grande produção, um filme da Walt Disney, fez-me temer algo que me deixasse desconfortável. O que me aconteceu foi o contrário. Fui logo cativada a partir dos primeiros momentos do filme. Em primeiro lugar, um filme extremamente sério sobre a nossa actual sociedade e sobre os riscos de vida que ela corre. Não há reciclagem que salve uma sociedade desenfreadamente consumista. A metáfora do robot Wall-e (Waste Allocation Load Lifters), o último da sua série, "vivendo" um dia-a-dia solitário, tendo como única companheira a indestrutível barata, com a qual vai construindo uma relação. Resta-lhe ainda a sua colecção de objectos recuperados onde são visíveis os despojos da civilização desaparecida, entre eles uma cassette de Hello, Dolly! que revê vezes sem conta bebendo aí toda a sua "humanização".
É neste cenário completamente apocalíptico que Wall-e é visitado por uma robot extra-terrestre que, vinda de uma estação espacial onde se encontram os últimos homens, vem pesquisar sinais de vida no planeta Terra. Um encontro extremamente tumultuoso, através de uma variedade de sons diferentes, acontece entre os dois, gerador das primeiras palavras - os seus nomes. A capacidade de humanizar estes dois robots emprestando-lhes , em capacidade nascente, a maravilha do encontro amoroso onde poucas palavras são necessárias, deixa-nos completamente emocionados. Recuamos ao filme mudo em que a leitura das emoções não se fazia de forma imediata ou directa mas através da capacidade do espectador se indentificar com o não-verbal dos personagens.
O resto ficará para cada um de vós descobrir. E asseguro que vale a pena.
É neste cenário completamente apocalíptico que Wall-e é visitado por uma robot extra-terrestre que, vinda de uma estação espacial onde se encontram os últimos homens, vem pesquisar sinais de vida no planeta Terra. Um encontro extremamente tumultuoso, através de uma variedade de sons diferentes, acontece entre os dois, gerador das primeiras palavras - os seus nomes. A capacidade de humanizar estes dois robots emprestando-lhes , em capacidade nascente, a maravilha do encontro amoroso onde poucas palavras são necessárias, deixa-nos completamente emocionados. Recuamos ao filme mudo em que a leitura das emoções não se fazia de forma imediata ou directa mas através da capacidade do espectador se indentificar com o não-verbal dos personagens.
O resto ficará para cada um de vós descobrir. E asseguro que vale a pena.
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