Contar-te longamente as perigosas
coisas do mar. Contar-te o amor ardente
e as ilhas que só há no verbo amar.
Contar-te longamente longamente.
Amor ardente. Amor ardente. E mar.
Contar-te longamente as misteriosas
maravilhas do verbo navegar.
E mar. Amar: as coisas perigosas.
Contar-te longamente que já foi
num tempo doce coisa amar. E mar.
Contar-te longamente como doi
desembarcar nas ilhas misteriosas.
Contar-te o mar ardente e o verbo amar.
E longamente as coisas perigosas.
Curiosamente, acabo de escrever um comentário a propósito de um post que criticava asperamente a acção política do Manuel Alegre.
ResponderEliminarQue me habituei a ouvir, nos meus vinte anos, madrugada dentro, de ouvido encostado à telefonia, falando desde Argel, onde vivia uma clandestinidade sofrida mas activa.
Manuel Alegre de que me habituei a cantar as palavras de luta, quando era preciso haver alguém que resistisse e que dissesse não.
Mas que também é um grande poeta lírico, que sabe cantar o amor desta forma elevada que aqui exemplificas.
Mar é também uma das minhas palavras.
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