Uma luz sobre os Corpos
Não sei se os corpos têm a mesma chama
passou há muito a luz de Agosto mas
há um sol interior
há uma luz que brilha ainda
uma luz sobre os corpos deitados na cama.
Há um sol que nasce dos gestos ou palavras
uma beleza melancólica nos corpos assim deitados
o mar pode irromper dentro da cama
as ondas são de dentro e de repente
os corpos voltam a arder na mesma chama.
Por mais que chova nós inventamos
um espaço para a árvore e para o pássaro.
não sei que impulso em nós por nós nos chama
talvez ainda amor: uma luz brilha
uma luz sobre os corpos deitados na cama.
Abril de 2003
Manuel Alegre - Doze Naus
Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
terça-feira, dezembro 11, 2007
Por mais que chova nós inventamos...
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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Fez-me lembrar David Mourão Ferreira.
ResponderEliminarÉ lindo.
Manuel Alegre, um poeta desconhecido para mim, vou pesquisar. Gostei desse poema, há imagens lindas sobre espaço e silêncio.
ResponderEliminarbjs.
JU gioli
ah! você ainda não tirou essas letrinhas embaralhadas aqui em baixo.
vou tentar kwwkzoqs
Acabo de ver que já voltou do descanso sabático, e que já perdi algumas preciosidades... vou tentar recuperá-las.
ResponderEliminarAbraço.
António
Que dizer de Manuel Alegre? ele por si fala...
ResponderEliminarLindo!
Beijo