(Wassily Kandinsky)
Sobre a pintura de um ramo florido
"Primavera Precoce", de Wang
Quem disse que a pintura deve parecer-se com a realidade?
Quem o disse vê com olhos de não entendimento
Quem disse que o poema deve ter um tema?
Quem o disse perde a poesia do poema
Pintura e poesia têm o mesmo fim:
Frescura límpida, arte para além da arte
Os pardais de Bain Lun piam no papel
As flores de Zhao Chang palpitam
Porém o que são ao lado destes rolos
Pensamentos-linhas, manchas-espíritos?
Quem teria pensado que um pontinho vermelho
Provocaria o desabrochar da primavera?
Su Dong Po
Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
Quem disse que a pintura deve parecer-se com a realidade?
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPois a mim parece-me que a pintura se parece sempre com a realidade e quando não se parece não chegamos a olhar. Tal como o poema tem sempre um tema que depois se multiplica cada vez que é lido. Por outro lado a arte é arte e não tem que estar para além da arte nem para além de coisa nenhuma. O risco é admitirmos que estamos a chamar arte ao que já não é arte e poesia ao que já não é poesia, remetendo sempre a verdade para o passado, quando, a existir alguma verdade, ela estará no futuro.
ResponderEliminarNâo me parece que o poema de Su Dong Po e o caro Ikivuku estejam a falar línguas diferentes.Ambos perseguem a arte como uma realidade que se cria partindo da realidade, mas criando uma outra realidade,a Arte.Ou, se calhar estarei enganada?
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