
Ao lançar-nos in media res,sem discutir a noção filosófica de sinceridade, Montesquieu, no seu Elogio da Sinceridade, aceita a noção comum e interessa-se pelo valor dessa virtude na vida privada e na vida pública. O propósito é mostrar até que ponto se degradam as relações humanas e como mergulhamos compulsivamente no auto-engano se não tivermos a coragem de ser sinceros. Sabemos, no entanto,que ao interrogarmos o que é a sinceridade nos podemos enredar em questões filosóficas que o senso comum é hábil em evitar. Um critério possível, fundamento da nossa convicção, é a coincidência entre o que se intenta e o que se diz ou faz. O indivíduo sincero tem direito de sentir-se satisfeito consigo mesmo; tem direito a rejubilar pelo facto de haver uma coincidência qualquer no seu íntimo. Trata-se, portanto, de uma noção superlativa de verdade.(cont)
in "Abrir o coração"- José Manuel Heleno(posfácio do Elogio da Sinceridade- Montesquieu)
Cara Addiragram:
ResponderEliminarAgradeço que, quando puder, me forneça o seu endereço electónico para tslz@netcabo.pt
Um bj.