Balada de Lisboa
Em cada esquina te vais
Em cada esquina te vejo
Esta é a cidade que tem
Teu nome escrito no cais
A cidade onde desenho
Teu rosto com sol e Tejo
Caravelas te levaram
Caravelas te perderam
Esta é a cidade onde chegas
Nas manhãs de tua ausência
Tão perto de mim tão longe
Tão fora de seres presente
Esta é a cidade onde estás
Como quem não volta mais
Tão dentro de mim tão que
Nunca ninguém por ninguém
Em cada dia regressas
Em cada dia te vais
Em cada rua me foges
Em cada rua te vejo
Tão doente de viagem
Teu rosto de sol e Tejo
Esta é a cidade onde moras
Como quem está de passagem
Às vezes pergunto se
Às vezes pergunto quem
Esta é a cidade onde estás
Como quem nunca mais vem
Tão longe de mim tão perto
Ninguém assim por ninguém
Lisboa, 1989
(Manuel Alegre)
Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
Ninguém assim por ninguém
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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O poeta da Praça da Canção, não tendo nascido em Lisboa, tem cantado esta cidade como se fosse mesmo lisboeta.
ResponderEliminarPorque para se falar poeticamente de uma cidade, é preciso saber captar-lhe a essência, o estilo, a identidade.