
Soneto de natal
Um homem, — era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno, —
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,
Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
Escolheu o soneto . . . A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"
(Machado de Assis)
Belo poema - e a imagem que nos lembra que «o essencial é invisível para os olhos» e que a morte suave é apenas um regresso à verdadeira vida - o nosso planeta, a nossa flor «única no mundo», os nossos pôr do sol «quando estamos tristes»(mas não só...).Feliz natal, amiga1
ResponderEliminarObrigada pela bela articulação que fez! Um abraço amigo neste Natal!
ResponderEliminarEntre o Petit Prince e a raposa esta mão cheia de afecto.
ResponderEliminarUm feliz Natal cheio de sonhos... sempre.
ResponderEliminarBeijinho e Obrigada.