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A abstracção não precisa de mãe nem pai
nem tão pouco de tão tolo infante
mas o natal de minha mãe é ainda o meu natal
com restos de Beira Alta
ano após ano via surgir figura nova nesse
presépio de vaca burro banda de música
ribeiro com patos farrapos de algodão muito
musgo percorrido por ovelhas e pastores
multidão de gente judaizante estremenha pela
mão de meu pai descendo de montes contando
moedas azenhas movendo água levada pela estrela
de Belém
(João Miguel Fernandes Jorge)
Como habitualmente, dedico estes dias aos poetas e escritores que, inspirando-se no Natal, também o pensaram ou questionaram através da lente dos seus afectos. Uma maneira de O festejar...à minha maneira.
Deve ser João Miguel, não?
ResponderEliminarumps.
De facto! Obrigada!
ResponderEliminarobrigada por tão terna partilha.
ResponderEliminar..
Que bela maneira!
ResponderEliminarClaro que o mar só poderia ser o da Ericeira e dos arredores ;) claro que tb não é verdade, todo o mar...
Boas festas e bons poemas.
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