(Munch)
Celebrar, sim! Eleito a celebrar
surgiu como o minério do silêncio
da pedra. Ó coração, mortal lagar
de um vinho inesgotável para os homens.
A nenhum pó a sua voz falhou
se o exemplo divino dele se apossa
Tudo se faz vinhedo e se faz uva
amadurada no seu Sul sensível.
Nem nas criptas dos reis a podridão
poderá desmentir seu celebrar,
ou sombra que dos deuses caír possa.
Ele é um dos eternos mensageiros
que ainda pra lá dos umbrais dos mortos
erguem taças de frutos gloriosos.
(Rainer Maria Rilke-Sonetos a Orfeu)
Coincidências, não é? Hoje, aniversário da morte de Rilke, também enviei um outro poema dele para a companhia do poeta...Um abraço
ResponderEliminarÉ a segunda coincidência...que me lembre, e o mais curioso é que tenho publicado,espontaneamente, sem ter presentes as efemérides.
ResponderEliminarUm 2009, sempre produtivo e criativo, e um abraço também!