quinta-feira, julho 10, 2008

O bote (simples barco)

Addiragram
O bote

Não passa de um bote na margem do rio,
pachorrento e sereno,
sem ambições de ser navio
mas também sem traumas de ser pequeno.
E, no entanto, preso e abandonado,
decerto à espera de nos ver voltar,
parece ter mais calado
que algum paquete no alto mar.
Ou não estivesse ancorado
à poesia do lugar.

(Torquato da Luz) http://oficiodiario.blogspot.com/

3 comentários:

  1. A beleza das coisas simples. Um agradecimento público à generosidade
    de Torcato da Luz.

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  2. Nada tem a agradecer-me, cara Addiragram. Limitei-me a responder, com muito gosto, ao desafio que me fez.

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  3. Conheço o Torquato da Luz(como jornalista e como poeta) desde os velhos tempos do Diário de Lisboa.
    Visito, com frequência o seu blog porque gosto bastante da sua poesia.
    E aqui, pelos vistos, respondeu, com a qualidade do costume a um desafio que le colocaste.

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