O género de aborrecimento de que sofre a população das cidades modernas está intimamente ligado à sua separação da vida da Terra..."
"Uma das características essenciais do aborrecimento consiste no contraste entre as circunstâncias presentes e outras mais agradáveis que exercem uma força irresistível sobre a imaginação..."
"O aborrecimento é essencialmente um desejo frustrado de aventuras, não necessáriamente agradáveis, mas pelo menos de incidentes que permitam à vítima do tédio distinguir um dia dos outros dias. O oposto do aborrecimento é, numa palavra, não o prazer, mas sim a agitação."
Bertrand Russell,in "A Conquista da Felicidade"
Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
domingo, dezembro 10, 2006
...fim de domingo
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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Toda essa frustração reside no desenraizamento forçado!
ResponderEliminarNós não pertencemos à cidade!
concordo e sinto.
ResponderEliminarDeixo aqui um poema de Sophia de Mello Breyner Andersen, que expressa esse sentimento de separação com a mãe terra.
CIDADE
Cidade, rumor e vaivém sem paz das ruas,
Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta,
Saber que existe o mar e as praias nuas,
Montanhas sem nome e planícies mais vastas
Que o mais vasto desejo,
E eu estou em ti fechada e apenas vejo
Os muros e as paredes, e não vejo
Nem o crescer do mar, nem o mudar das luas.
Saber que tomas em ti a minha vida
E que arrastas pela sombra das paredes
A minha alma que fora prometida
Às ondas brancas e às florestas verdes.
(Sophia de Mello Breyner Andersen)
Mto obrigada Kali pela tua bonita lembrança!Recordar Sophia é sempre indispensável.
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