Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
terça-feira, março 28, 2006
O corpo não espera...
O corpo não espera. Não. Por nós
ou pelo amor. Este pousar de mãos,
tão reticente e que interroga a sós
a tépida secura acetinada,
a que palpita por adivinhada
em solitários movimentos vãos;
este pousar em que não estamos nós,
mas uma sêde, uma memória, tudo
o que sabemos de tocar desnudo
o corpo que não espera; este pousar
que não conhece, nada vê, nem nada
ousa temer no seu temor agudo...
Tem tanta pressa o corpo! E já passou,
quando um de nós ou quando o amor chegou.
Jorge de Sena
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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Lindo,lindo... quase sem palavras para qualquer comentário!
ResponderEliminarA corrida inexorável e indomada do tempo em todos os campos, inclusive no percurso amoroso. E que bem é descrito o desfasamento do tempo corporal e do tempo emocional... dois registos que não vivem um sem o outro.
ResponderEliminarO corpo é como o tempo, não espera ... Lindas palavras!!!
ResponderEliminarGrande e injustiçado Jorge de Sena!
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