(Aguarelas de Turner)
À memória de Tibério Ávila Brasil
Alevanta-se o Pico como a lava
Intacto o arredondou na espuma espessa.
Uma nuvem de neve o tinge, e a brava
Onda o asperge de aromas na cabeça.
Das calhetas de peixe e loiro vinho
Tiram seu pão os homens. O moinho
Usa a vela do barco. E, à maré cheia,
Com sinais de alto mar no lombo, e linho
No fio árduo e mortal, sangra a baleia.
Vitorino Nemésio (Sapateia Açoriana e mais poemas-1976 in Antologia poética, Circulo dos Leitores. 1988)
Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
segunda-feira, outubro 15, 2007
NOTAS DE VIAGEM-LV- Escritores Açorianos
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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Dos Açores onde no Faial, olhando o Pico, deixei tanto de mim.
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