Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.
Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
quarta-feira, outubro 31, 2007
REFLEXOS DO OLHAR II ( 2ª série)
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
terça-feira, outubro 30, 2007
Conversa à volta de Blogs- (contributo de "ZUMBIDO")
É muito provável que a informação que se consegue nos jornais - e cada
vez mais nos livros e nas revistas - tenha pouca relevância ou seja já
do conhecimento de qualquer pessoa informada. Tirando aspectos
específicos de áreas muito localizadas, ou os acontecimentos do dia que
as agências noticiosas vão recolhendo do imprevisível, os jornais
enchem-se de informação reciclada que não cativa um leitor mais exigente
que chega a aborrecer-se com a sensação de tempo (e dinheiro) perdido.
Esta noção poderia conduzir a uma efectiva redução da leitura dos
jornais, e é provavelmente isso que está a acontecer.
Os meios audiovisuais como a televisão ou a rádio têm uma capacidade de
actualização de notícias que faz os jornais parecerem, na leitura da
manhã, objectos históricos. A única vantagem que os jornais têm é uma
espécie de acesso directo àquilo que interessa, que pressupõe da parte
do leitor uma maior liberdade do que no caso do acesso sequencial da
rádio e da televisão. A televisão ganha ao informar o espectador que não
tem ideia da informação que quer, que está disponível para a
arbitrariedade do emissor, e é, portanto, um leitor que à partida não
faz questão de seguir um caminho seu e filtrar aquilo que vê. A
multiplicação dos canais televisivos, que poderia configurar uma
liberdade de escolha, mais não é que um multiplicador de imposições. Num
sistema com cinquenta canais facilmente se 'desperdiça' a meia hora de
atenção disponível para "ver" num 'zapping' desenfreado e inútil à
procura da 'melhor' coisa que está a 'dar'. Cria-se a impressão de
liberdade numa jaula de opções que se limitam reciprocamente.
A surpresa da 'internet' é dada pela sensação de autonomia de quem a
utiliza. O acesso é directo. Entre os acontecimentos e a sua
'publicação' o tempo é mínimo, podendo em alguns casos o acontecimento
ser seguido em tempo real. O acontecimento não tem a obrigatoriedade de
ser universalmente relevante para ser mostrado - basta que seja
relevante para quem o publica - podendo ir ao encontro do gosto peculiar
de um único leitor, dando por isso peso idêntico ao popular e ao
marginal. A informação permanece disponível sem degradação nem tempo de
exposição determinado pelos interesses de um emissor particular: a
'internet' é um livro na estante à espera da nossa disponibilidade, não
nos pressionando nem ameaçando a nossa independência. E, talvez mais
importante ainda, a 'internet' coloca-nos a possibilidade de ser tão
emissores como receptores, a anos luz da limitada participação das
cartas ao director. A 'internet' é um EDITAL em que todos podemos
inserir o nosso prospecto sabendo que tem o potencial de ser visto no
mundo inteiro.
Estes potenciais que vemos hoje como difíceis de perder ou de serem
ultrapassados, não são mais do que a generalização - na proposta aldeia
global - do processo comunicativo entre as pessoas. E, visto nesta
perspectiva benigna, assemelha-se ao melhor dos mundos. Mas é sabido que
mesmo os melhores dos mundos que se vêm revezando ao longo da história
tiveram sempre os seus poderosos lados negativos. Nem sei se é justo
falar em lados negativos quando fazem parte das características que
enformam toda e qualquer actividade humana, que tem o destino de ocorrer
sempre no estreito intervalo entre o brilho e o nada*.
Aquilo que é o maior bem da 'internet' é também o seu maior 'mal': a
dimensão. A informação é tanta que se torna impossível saber o que é
relevante. E nem vale a pena pensar em saber qual da informação é
verdadeira, porque aí, como nas outras formas de transmissão da
informação, a probabilidade de estar perante uma fraude é muito elevada.
O 'blog' não é mais do que um 'site' em que foi reduzida ao mínimo a
dificuldade de edição. O preço a pagar por essa simplicidade é o
estabelecimento de uma interface relativamente rudimentar quando
comparada com os potenciais que hoje estão disponíveis para um 'site'
clássico. Mas a simplicidade compensa porque permite o acesso à
publicação na internet a pessoas que não têm vocação nem interesse em
mergulhar nas crípticas linguagens dos computadores. Foi essa
simplicidade, consequência da generalização da internet universitária à
'world wide web' aberta ao mundo 'civil', que permitiu a explosão de
emissores que a actualidade está a conhecer.
Uma matriz que parece manter-se nas sucessivas gerações de utilizadores
e modelos da rede é a formação de comunidades. De uma maneira ou de
outra a necessidade de aproximação ao 'outro' é o motor de todas as
formas de comunicação e a porta que a internet abriu tem uma dimensão
que ultrapassa todas as previsões. A democratização da
bidireccionalidade coloca-nos a todos no caos ensurdecedor de um
gigantesco café em que todos falam ao mesmo tempo que tentam escutar
alguma coisa. Ao contrário dos outros meios em que a hierarquia
comunicacional está bem definida, na internet ela é apenas rudimentar e
dá ao leitor a hipótese de se submeter ou não conforme o seu gosto ou
disposição. É esse estreito caminho de liberdade - apesar dos enormes
esforços que estão a ser feitos para a domesticar - que pode conceder à
internet o estatuto de refúgio último para aqueles que já perderam a
esperança de uma sociedade de valores elevados e se vêem cada vez mais
empurrados para a margem das decisões políticas e sociais. Agrada-me
imaginar a internet como um subterrâneo onde se vão conservar pelo tempo
que for necessário, as ideias clássicas que a barbárie quer abolir nesta
escura idade média que atravessamos.
*Gosto de pensar a existência de vida na terra como uma metáfora do
percurso humano. Apesar de existir um Universo com tendência para
infinito, o intervalo em que a vida é possível é tão estreito que numa
escala cósmica é indetectável. Para mim esta solidão cósmica é a
maravilha maior, por se ter formado a complexidade num estreito nicho de
possibilidade.
ZUMBIDO http://z1bido.blogspot.com/
(tomei a liberdade de usar aqui o azul - Addiragram)
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
Através da janela aberta...
E então a paz, realmente, voltou. Mensagens de paz sopravam do mar, em direcção à praia. Nunca mais iria ela interromper seu sonho, antes profundamente o embalaria, para que repousasse e, independentemente de quando de sagrado sonhassem os sonhadores, era na sabedoria que a sonhavam, confirmando-a- que outra coisa murmurava a paz?-, enquanto Lily Briscoe assentava a cabeça no travesseiro, no quarto claro e limpo, escutando o mar. Através da janela aberta, eis que vinha murmurando a voz da beleza do mundo, demasiado suave para que exactamente ouvisse o que dizia- mas que importava que fosse banal o sentido ?-(...)
(Virginia Woolf )Rumo ao Farol
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
domingo, outubro 28, 2007
Recordando os que nos são queridos...
(clicar na imagem)
http://www.bib-arganil.org/ligacoes%20da%20home/Torga/Torga.htm
MIGUEL TORGA E NÓS
A terra é quem responde
a terra o mar a torga brava
e aquela parte da Ibéria onde
o poema é Portugal feito palavra.
Seu nome é Viriato. E foi Orfeu.
Há uma flauta portuguesa em sua voz
e sempre que diz eu
somos nós.
Manuel Alegre (Publicado em «Cântico em honra de Miguel Torga» )
http://www.bib-arganil.org/ligacoes%20da%20home/Torga/Torga.htm
MIGUEL TORGA E NÓS
A terra é quem responde
a terra o mar a torga brava
e aquela parte da Ibéria onde
o poema é Portugal feito palavra.
Seu nome é Viriato. E foi Orfeu.
Há uma flauta portuguesa em sua voz
e sempre que diz eu
somos nós.
Manuel Alegre (Publicado em «Cântico em honra de Miguel Torga» )
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
REFLEXOS DO OLHAR- I (2ª série)
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
sábado, outubro 27, 2007
Reinicio... com a Pastoral
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
quinta-feira, outubro 25, 2007
CONVERSA à volta de Blogs
A pausa de uma semana que introduzi no "Aguarelas de Turner" teve como única finalidade inverter a minha relação com o blog, isto é, deixar de me governar pelo hábito de publicar. Não houve assim, qualquer vontade da minha parte nem de partir definitivamente ( pelo menos para já...) nem de antecipar uma espécie de "elogio fúnebre" com o "morto/a "a assistir.
Sou por natureza, um pouco,irrequieta. Por isso senti desejo de quebrar a rotina da publicação, de a repensar, aproveitando também para sistematizar algumas ideias em torno do blogger e do seu blog, bem como sobre as relações que se vão estabelecendo com os comentadores, através das suas visitas e dos seus comentários... Pensar sempre foi sempre, para mim, uma boa medida higiénica, daí esta pausa depois da intensa publicação na série "Notas de Viagem".
O Blogger e o seu Blog
I- O "nascimento do Blog"
1- A criação de um blog pessoal é fundamentalmente individualista, já que corresponde a uma necessidade do próprio.
2- A natureza do Blog depende de diferentes variáveis, entre as quais:
- formação do Blogger
- interesses predominantes
- papel do Blog no espaço mental do Blogger
- efeito do Blog sobre o Blogger
- efeito dos visitantes sobre o Blogger
- outras mais haverá...
II- O Blog torna-se visível...
1 -O Blogger descobre que as suas publicações ganham forma e...revê-se nelas... ( é tudo tão imediato...Não tem de esperar que o que produz seja ou não considerado de interesse...Sente-se como o adolescente que resolve criar um jornal de que ele próprio é o director...). Vive inicialmente um certo deslumbramento - vê concretizado o que, na maior parte dos casos, nunca imaginou ser possível...
2- O Blogger entra na Blogosfera mas descobre-se só. Ninguém o descobre, ninguém o comenta. Dá-se a desilusão ( como aquela que atinge o escritor novato após a publicação do seu livro...Há poucas críticas, há poucas vendas, não é "levado em ombros" ...)
3- O Blogger tem de "vender" o seu produto. Tem de o publicitar. Descobre, aos poucos, que surgem comentários cuja única finalidade é anunciarem os seus próprios blogs. Reage. Pensa "com os seus botões":- nem sequer me leram...
4- O Blogger começa a descobrir outros Blogs . Se, por um lado, alguns deles, lhe despertam a atenção, o entusiasmam mesmo; por outro, lá no seu intímo, comenta-os para que eles o descubram.
III- O Blog passa a ter existência através das visitas regulares que recebe
1- os comentadores-visitantes começam a chegar e vão deixando os "traços" das suas personalidades
- comentários, confirmações narcísicas;
- comentários não comprometedores, em que o comentador só mostra de si a sua presença;
- comentários ao lado;
- comentários anónimos com cariz, frequentemente, agressivo ou maldoso;
-comentários sedutores em que o comentador concorda mimeticamente com o autor;
- comentários que alargam o pensamento do que foi publicado, sem preocupação de agradar ao autor;
- comentários empatia, que denotam uma leitura do que foi publicado que vai para lá da superfície, demonstrando capacidade para entender (emocionalmente falando) o espírito do post. Aqui incluem-se ainda aqueles comentários que compreendem do blogger mais do que ele, conscientemente, quis comunicar.
- comentários críticos
IV- O Blogger sente-se bem neste espaço
- Sente-se apreciado no que produz
- gosta de receber elogios
- começa a gostar de estar na "sua" tertúlia.
- descobre ou imagina "afinidades"
- sente-se estimulado
- corre o risco de querer alcançar, a todo o custo, mais comentários.
- às vezes pensa que a ausência de comentários é um indicador do desinteresse do post
- começam a esboçar-se relações
V- Diferentes Bloggers/diferentes Blogs
- O Blogger solitário (que se considera de uma craveira superior a todos os outros) e só contempla o que ele produz e o de outros "eleitos".
- O Blogger batido nas lides da comunicação
1-usa o blog como mais um canal de expressão, mas está fechado a comentadores ( tem pouca paciência para conversar com ignorantes, as visitas seriam tantas que esgotariam o espaço disponível, protege-se também de visitas incómodas, sabe-se lido).
2- aberto a comentadores, mas pouco capaz de reciprocidade. Habituou-se a receber mais do que a dar...A sua obra é a sua dádiva.
3- aberto a comentadores e com capacidade genuína de diálogo.
- O Blogger catártico
Está mais necessitado em aliviar as suas dores, raivas , revoltas do que em olhar para o que o rodeia. Às vezes pede apoio e conforto ("A nossa necessidade de consolo é impossível de satisfazer".Stig Dagerman)
- O Blogger que se pensa com uma missão.
A educação, a divulgação de conhecimentos, a discussão e debate políticos
- O Blogger que faz do blog um diário dos diferentes sentires.
Usa as formas de expressão, para si mais adequadas, para comunicar diversos estados de alma. Blog com função terapêutica espontânea, já que tratando-se de formas criativas de comunicação, elas facilitam a elaboração dos sofrimentos e possibilitam a partilha pelas identificações que os comentadores estabelecem com o autor.
- O Blogger artista que faz do blog uma extensão do atelier, onde vai expondo as suas produções.
- O Blogger que se descobre
Usa o blog para trazer à luz do dia uma parte sua ignorada, silenciada ou quase desconhecida. Este Blogger pode-se conhecer melhor através da sua própria criação.
- O Blogger que faz do blog um refúgio.
........
Estas são algumas das categorias que, empiricamente, tenho vindo a identificar e que procurei isolar artificialmente. Muitas vezes algumas destas categorias cruzam-se e misturam-se.
VI- O Blogger transforma-se... positiva e negativamente
-O Blogger ao rever-se na sua "obra" e ao sentir-se apreciado tem vontade de continuar...
- O Blogger começa a gostar verdadeiramente de ler alguns blogs dos seus amigos . Começa a descentrar-se de si mesmo para sentir maior prazer na leitura e "descoberta" do outro. O seu blog pode começar a sofrer a influência destas novas relações...Pode também ir mudando.
- O Blogger começa a construir uma representação daquelas pessoas e em alguns casos, sente-se próximo delas.
- O Blogger vive um genuíno prazer de partilhar com os outros os seus pensamentos, a expressão do seu sentir, e vive um prazer, igualmente genuíno de visitar os blogs de outros seus amigos e de os comentar.
-O Blogger pode continuar mais centrado em si do que nos outros e isso pode levá-lo a tornar-se um "consumidor" de blogs para receber comentários. Continua as suas
prospecções para atrair novos visitantes...Se o nº de visitas baixa, isso pode ser sinal de uma baixa audiência... Há que fazer mais visitas, muitas delas com um cunho meramente provisório...
Se gosta pouco desta actividade de "pescaria" pode desistir do blog, desinteressando-se, sentindo-se "abandonado"ou incompreendido.
-O Blogger descobre a realidade- da imensa quantidade de comentadores que tem, muito poucos são mesmo interessados. O grande número comenta apenas num registo de retribuição. Se acaso deixar de comentar quase todos eles desaparecem...
- O Blogger pode também procurar fazer mais comentários em momentos em que se sente mais triste ou, pelo contrário, ausentar-se das visitas.
- O Blogger desliga-se do blog. Deixa-o caír.
..................................
VII-Da dependência à "independência"...
- O Blogger descobre que está a dedicar tempo demais ao blog e começa a rebelar-se. E as leituras? E os filmes? E as exposições?...e a conversa à volta da mesa?
- Sem se dar conta criou um obrigação - a da publicação. Se há uma parte de si que continua a retirar prazer da construção do post e da oportunidade que esta construção lhe traz de contactar com pessoas interessantes ; outra parte sua, sente estar a ser conduzida por uma rotina, rotina que é mortífera da satisfação que tira...
- A assiduidade e a obrigação "inventada", decorreram , entre outras razões, dos laços criados e da "fantasia "algo grandiosa, de se imaginar a alimentar uma audiência.
- A sua relação com os seus amigos bloggers cresce. Se algo nasceu entre ele e os outros, há a certeza de não abalar à primeira "rabanada de vento".
-Está então mais livre para continuar, mas de forma diferente.
- O Blogger consciencializa que o blog corresponde a um trajecto, tem uma história e uma duração.
- Nasceu, assim, neste tempo uma reciprocidade livre e aberta .
( Isto foram coisas que fui pensando durante esta semana de pausa. São apenas "coisas minhas"que não têm outra pretensão senão a abrir a porta a um debate...se quiseram....porque de bloggers e blogs não sei mesmo nada! E...um abraço a todos os que lêem com o coração.)
Sou por natureza, um pouco,irrequieta. Por isso senti desejo de quebrar a rotina da publicação, de a repensar, aproveitando também para sistematizar algumas ideias em torno do blogger e do seu blog, bem como sobre as relações que se vão estabelecendo com os comentadores, através das suas visitas e dos seus comentários... Pensar sempre foi sempre, para mim, uma boa medida higiénica, daí esta pausa depois da intensa publicação na série "Notas de Viagem".
O Blogger e o seu Blog
I- O "nascimento do Blog"
1- A criação de um blog pessoal é fundamentalmente individualista, já que corresponde a uma necessidade do próprio.
2- A natureza do Blog depende de diferentes variáveis, entre as quais:
- formação do Blogger
- interesses predominantes
- papel do Blog no espaço mental do Blogger
- efeito do Blog sobre o Blogger
- efeito dos visitantes sobre o Blogger
- outras mais haverá...
II- O Blog torna-se visível...
1 -O Blogger descobre que as suas publicações ganham forma e...revê-se nelas... ( é tudo tão imediato...Não tem de esperar que o que produz seja ou não considerado de interesse...Sente-se como o adolescente que resolve criar um jornal de que ele próprio é o director...). Vive inicialmente um certo deslumbramento - vê concretizado o que, na maior parte dos casos, nunca imaginou ser possível...
2- O Blogger entra na Blogosfera mas descobre-se só. Ninguém o descobre, ninguém o comenta. Dá-se a desilusão ( como aquela que atinge o escritor novato após a publicação do seu livro...Há poucas críticas, há poucas vendas, não é "levado em ombros" ...)
3- O Blogger tem de "vender" o seu produto. Tem de o publicitar. Descobre, aos poucos, que surgem comentários cuja única finalidade é anunciarem os seus próprios blogs. Reage. Pensa "com os seus botões":- nem sequer me leram...
4- O Blogger começa a descobrir outros Blogs . Se, por um lado, alguns deles, lhe despertam a atenção, o entusiasmam mesmo; por outro, lá no seu intímo, comenta-os para que eles o descubram.
III- O Blog passa a ter existência através das visitas regulares que recebe
1- os comentadores-visitantes começam a chegar e vão deixando os "traços" das suas personalidades
- comentários, confirmações narcísicas;
- comentários não comprometedores, em que o comentador só mostra de si a sua presença;
- comentários ao lado;
- comentários anónimos com cariz, frequentemente, agressivo ou maldoso;
-comentários sedutores em que o comentador concorda mimeticamente com o autor;
- comentários que alargam o pensamento do que foi publicado, sem preocupação de agradar ao autor;
- comentários empatia, que denotam uma leitura do que foi publicado que vai para lá da superfície, demonstrando capacidade para entender (emocionalmente falando) o espírito do post. Aqui incluem-se ainda aqueles comentários que compreendem do blogger mais do que ele, conscientemente, quis comunicar.
- comentários críticos
IV- O Blogger sente-se bem neste espaço
- Sente-se apreciado no que produz
- gosta de receber elogios
- começa a gostar de estar na "sua" tertúlia.
- descobre ou imagina "afinidades"
- sente-se estimulado
- corre o risco de querer alcançar, a todo o custo, mais comentários.
- às vezes pensa que a ausência de comentários é um indicador do desinteresse do post
- começam a esboçar-se relações
V- Diferentes Bloggers/diferentes Blogs
- O Blogger solitário (que se considera de uma craveira superior a todos os outros) e só contempla o que ele produz e o de outros "eleitos".
- O Blogger batido nas lides da comunicação
1-usa o blog como mais um canal de expressão, mas está fechado a comentadores ( tem pouca paciência para conversar com ignorantes, as visitas seriam tantas que esgotariam o espaço disponível, protege-se também de visitas incómodas, sabe-se lido).
2- aberto a comentadores, mas pouco capaz de reciprocidade. Habituou-se a receber mais do que a dar...A sua obra é a sua dádiva.
3- aberto a comentadores e com capacidade genuína de diálogo.
- O Blogger catártico
Está mais necessitado em aliviar as suas dores, raivas , revoltas do que em olhar para o que o rodeia. Às vezes pede apoio e conforto ("A nossa necessidade de consolo é impossível de satisfazer".Stig Dagerman)
- O Blogger que se pensa com uma missão.
A educação, a divulgação de conhecimentos, a discussão e debate políticos
- O Blogger que faz do blog um diário dos diferentes sentires.
Usa as formas de expressão, para si mais adequadas, para comunicar diversos estados de alma. Blog com função terapêutica espontânea, já que tratando-se de formas criativas de comunicação, elas facilitam a elaboração dos sofrimentos e possibilitam a partilha pelas identificações que os comentadores estabelecem com o autor.
- O Blogger artista que faz do blog uma extensão do atelier, onde vai expondo as suas produções.
- O Blogger que se descobre
Usa o blog para trazer à luz do dia uma parte sua ignorada, silenciada ou quase desconhecida. Este Blogger pode-se conhecer melhor através da sua própria criação.
- O Blogger que faz do blog um refúgio.
........
Estas são algumas das categorias que, empiricamente, tenho vindo a identificar e que procurei isolar artificialmente. Muitas vezes algumas destas categorias cruzam-se e misturam-se.
VI- O Blogger transforma-se... positiva e negativamente
-O Blogger ao rever-se na sua "obra" e ao sentir-se apreciado tem vontade de continuar...
- O Blogger começa a gostar verdadeiramente de ler alguns blogs dos seus amigos . Começa a descentrar-se de si mesmo para sentir maior prazer na leitura e "descoberta" do outro. O seu blog pode começar a sofrer a influência destas novas relações...Pode também ir mudando.
- O Blogger começa a construir uma representação daquelas pessoas e em alguns casos, sente-se próximo delas.
- O Blogger vive um genuíno prazer de partilhar com os outros os seus pensamentos, a expressão do seu sentir, e vive um prazer, igualmente genuíno de visitar os blogs de outros seus amigos e de os comentar.
-O Blogger pode continuar mais centrado em si do que nos outros e isso pode levá-lo a tornar-se um "consumidor" de blogs para receber comentários. Continua as suas
prospecções para atrair novos visitantes...Se o nº de visitas baixa, isso pode ser sinal de uma baixa audiência... Há que fazer mais visitas, muitas delas com um cunho meramente provisório...
Se gosta pouco desta actividade de "pescaria" pode desistir do blog, desinteressando-se, sentindo-se "abandonado"ou incompreendido.
-O Blogger descobre a realidade- da imensa quantidade de comentadores que tem, muito poucos são mesmo interessados. O grande número comenta apenas num registo de retribuição. Se acaso deixar de comentar quase todos eles desaparecem...
- O Blogger pode também procurar fazer mais comentários em momentos em que se sente mais triste ou, pelo contrário, ausentar-se das visitas.
- O Blogger desliga-se do blog. Deixa-o caír.
..................................
VII-Da dependência à "independência"...
- O Blogger descobre que está a dedicar tempo demais ao blog e começa a rebelar-se. E as leituras? E os filmes? E as exposições?...e a conversa à volta da mesa?
- Sem se dar conta criou um obrigação - a da publicação. Se há uma parte de si que continua a retirar prazer da construção do post e da oportunidade que esta construção lhe traz de contactar com pessoas interessantes ; outra parte sua, sente estar a ser conduzida por uma rotina, rotina que é mortífera da satisfação que tira...
- A assiduidade e a obrigação "inventada", decorreram , entre outras razões, dos laços criados e da "fantasia "algo grandiosa, de se imaginar a alimentar uma audiência.
- A sua relação com os seus amigos bloggers cresce. Se algo nasceu entre ele e os outros, há a certeza de não abalar à primeira "rabanada de vento".
-Está então mais livre para continuar, mas de forma diferente.
- O Blogger consciencializa que o blog corresponde a um trajecto, tem uma história e uma duração.
- Nasceu, assim, neste tempo uma reciprocidade livre e aberta .
( Isto foram coisas que fui pensando durante esta semana de pausa. São apenas "coisas minhas"que não têm outra pretensão senão a abrir a porta a um debate...se quiseram....porque de bloggers e blogs não sei mesmo nada! E...um abraço a todos os que lêem com o coração.)
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
quarta-feira, outubro 17, 2007
Prémio Visitante
Um dia falei das dificuldades que sinto em alinhar em fenómenos de grupo, onde se incluem a atribuição de "prémios" e os processos em cadeia. Mantendo essa minha posição, mereceu-me
simpatia a ideia do blog "Silêncio Culpado"http://silencioculpado.blogspot.com que criou o prémio "Visitante."
"A amizade e a solidariedade na blogosfera são algo de muito profundo e de muito construtivo que temos que desenvolver. Criam-se representações de pessoas que não conhecemos mas que nos deixam o melhor do seu sentir enriquecendo um espaço de debate com as suas visões e as suas críticas. As diferenças de opinião têm sido respeitadas e, não raras vezes, tenho reflectido e corrigido algumas posições.
Nada tem valor se não for lido e partilhado. E porque os visitantes são o que de melhor há, criei este prémio de visitante, que é mais alargado que os outros em termos numéricos mas que , mesmo assim, não contempla todos os que merecem...."
Descobri também que o blog "aArtmus" http://artmus.blogspot.com/ me atribuira o prémio Visitante. Seguir ou não seguir a "onda "eis a questão. Acabei por ceder, subscrevendo o espírito de "Silêncio Culpado". Uma forma pois,de agradecer aos
meus amigos visitantes. Aqui vai a minha "lista":
"A Asa do Silêncio"http://aasadosilencio.blogspot.com/
- "Ao longe barcos de flores" http://barcosflores.blogspot.com/
- "Abencerragem"http://abencerragem.blogspot.com/
- "Absorto"http://absorto.blogspot.com/
- "Alicerces" http://alicerces.blogspot.com/
- "aArtmus"http://artmus.blogspot.com/
- "Bettips" http://bettips.blogspot.com/
- "Divas e Contrabaixos"http://divasecontrabaixos.blogspot.com/
- "Espumadamente"http://www.espumadamente.blogspot.com/
- "jugioli" http:// jugioli.blogspot.com
-" Ofício Diário"http://oficiodiario.blogspot.com/
- "Palavras em linha"http://www.osentidodaspalavras.blogspot.com/
- Pé de Meia"http://pedemeias.blogspot.com
- "Peciscas"http://peciscas.blogspot.com/
-"Plan(a)lto"http://planoalto.blogspot.com/
- "Rio Abaixo"http://www.rioabaixo.blogspot.com/
- "Rua das Pretas"http://ruadaspretas.blogspot.com/
- "Substante"http://www.substante.blogspot.com/
- "Thornlessrose"http://wwwthornlessrose.blogspot.com/
-"na terradoarcoiris"http://arcoirisreloaded.aminus3.com/
- "Zumbido"http://z1bido.blogspot.com/
Outros ficarão por mencionar...mas em mim estão todos os que me visitam, deixem ou não comentários.
Deixo pois a todos um grande abraço.
A ideia de continuar ou não esta cadeia, tem de estar mesmo ao vosso critério...
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
CONVERSA à volta de...Blogs
Amigos
durante esta semana "ausento-me" da publicação de posts. Deixo este intervalo de tempo como
espaço de reflexão sobre o fenómeno "blog, de um ponto de vista estritamente individual. As suas implicações ao nível da sociedade, proponho que as deixemos provisoriamente de lado. Se quiserem colaborar escrevam-me para o mail ou deixem comentários. No final da semana apresentarei os diferentes contributos bem como o meu testemunho pessoal . Para já vou iniciar o meu processo de "desintoxicação".....
durante esta semana "ausento-me" da publicação de posts. Deixo este intervalo de tempo como
espaço de reflexão sobre o fenómeno "blog, de um ponto de vista estritamente individual. As suas implicações ao nível da sociedade, proponho que as deixemos provisoriamente de lado. Se quiserem colaborar escrevam-me para o mail ou deixem comentários. No final da semana apresentarei os diferentes contributos bem como o meu testemunho pessoal . Para já vou iniciar o meu processo de "desintoxicação".....
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
terça-feira, outubro 16, 2007
NOTAS DE VIAGEM- LVII- A partida
Esta "viagem" ficou, talvez, excessivamente longa... (57 posts para 15 dias de viagem!!!)
Chegou a hora de regressar.
Os Açores através dos meus "olhares"ficam para trás.
Espero ter conseguido transmitir o prazer que encontrei na aproximação a estes belíssimos lugares, de que ficaram instantes, por vezes, demasiado" turísticos"...
A vontade de continuar a "descobrir" ficou. Um dia, quem sabe quando, voltarei de novo...
Chegou a hora de regressar.
Os Açores através dos meus "olhares"ficam para trás.
Espero ter conseguido transmitir o prazer que encontrei na aproximação a estes belíssimos lugares, de que ficaram instantes, por vezes, demasiado" turísticos"...
A vontade de continuar a "descobrir" ficou. Um dia, quem sabe quando, voltarei de novo...
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
NOTAS DE VIAGEM LVI- Madalena - cais de embarque
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
segunda-feira, outubro 15, 2007
NOTAS DE VIAGEM-LV- Escritores Açorianos
(Aguarelas de Turner)
À memória de Tibério Ávila Brasil
Alevanta-se o Pico como a lava
Intacto o arredondou na espuma espessa.
Uma nuvem de neve o tinge, e a brava
Onda o asperge de aromas na cabeça.
Das calhetas de peixe e loiro vinho
Tiram seu pão os homens. O moinho
Usa a vela do barco. E, à maré cheia,
Com sinais de alto mar no lombo, e linho
No fio árduo e mortal, sangra a baleia.
Vitorino Nemésio (Sapateia Açoriana e mais poemas-1976 in Antologia poética, Circulo dos Leitores. 1988)
À memória de Tibério Ávila Brasil
Alevanta-se o Pico como a lava
Intacto o arredondou na espuma espessa.
Uma nuvem de neve o tinge, e a brava
Onda o asperge de aromas na cabeça.
Das calhetas de peixe e loiro vinho
Tiram seu pão os homens. O moinho
Usa a vela do barco. E, à maré cheia,
Com sinais de alto mar no lombo, e linho
No fio árduo e mortal, sangra a baleia.
Vitorino Nemésio (Sapateia Açoriana e mais poemas-1976 in Antologia poética, Circulo dos Leitores. 1988)
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
NOTAS DE VIAGEM LIV- diferentes olhares...
A viagem está a chegar ao fim... O Pico, sempre tão inesperado e imprevisível, teria de
ficar aqui "fixado", na esperança de o voltar a reeencontrar e a descobrir-lhe
novas tonalidades feitas de luzes e nebelinas....
ficar aqui "fixado", na esperança de o voltar a reeencontrar e a descobrir-lhe
novas tonalidades feitas de luzes e nebelinas....
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
domingo, outubro 14, 2007
NOTAS DE VIAGEM LIII-Ainda no Museu do Vinho
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
sábado, outubro 13, 2007
NOTAS DE VIAGEM LII- Escritores Açorianos
(brincando com as cores ao som do poema de Natália Correia...)
(Aguarelas de Turner)
Teus poros exalam fumoDo lar dos deuses de onde vieste.
Rompante de espuma e de lume
És sol quadrúpede ou mar equestre?
Desfilando derramas o ouro
Do teu rio inacabável,
Desmedido relâmpago louro
De um deus equídeo possante e frágil.
Tudo existiu para que fosses
No contraluz desta madrugada
Mitológica proporção perfeita
Em purpúrea bruma recortada.
Pois que te é divino mister
Humanos olhos extasiar
A dúvida é só perceber
Se vieste do sol ou do mar.
Natália Correia
Poesia Completa
Inéditos 1985/90
Publicações Dom Quixote, 1999
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
NOTAS DE VIAGEM LI - prazer de estar...(Cais do Mourato- Pico)
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
sexta-feira, outubro 12, 2007
NOTAS DE VIAGEM L - Janelas (Museu do Vinho)
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
quinta-feira, outubro 11, 2007
NOTAS DE VIAGEM XLIX- Os fascinantes dragoeiros
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
quarta-feira, outubro 10, 2007
NOTAS DE VIAGEM XLVIII-Lages do Pico, terra de baleeiros e...de regatas
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
terça-feira, outubro 09, 2007
NOTAS DE VIAGEM XLVII-sinais da povoação flamenga
Olhar o mundo à minha volta,
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segunda-feira, outubro 08, 2007
NOTAS DE VIAGEM XLVI - a subida...incompleta
Olhar o mundo à minha volta,
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usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
domingo, outubro 07, 2007
Casa Fernando Pessoa- dia 17 de Outubro(18h e 30)
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
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NOTAS DE VIAGEM XLV- cais da Madalena
Olhar o mundo à minha volta,
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sábado, outubro 06, 2007
NOTAS DE VIAGEM XLIV- Escritores Açorianos
(Aguarelas de Turner) entardecer na Ribeira Grande
Carta a André Quental
1º
Mano André? Tu como estás?
Estás bem ou estás mal?
Dize lá como te dás
Com os ares de Portugal?
2º
Na viagem, coitadinho,
Havias de passar enjoado
No fundo do teu beliche
Todo o dia encantoado?
3º
Mas agora já estás bom
Já foste ao teatro, talvez?
Tu deves ir, eu já fui.
Cada um tem a sua vez.
4º
O mundo sempre dá voltas
Que é de um homem pasmar!
Quem diria que a Coimbra
Ainda eu viria parar?
5º
Na terra de Martim de Freitas
Acho-me pois instalado
Mas para estudar, meu amigo,
Tem-me o topete suado.
6º
Fiz outro dia exame
De tradução de Francês.
Faço em Outubro os exames
De latim, história e inglês.
7º
Dize lá que posto tens?
Inda és cabo ou furriel?
Ou já tens posto mais alto:
Alferes, tenente-coronel...
8º
Dize pois o que há de novo,
Anda lá, meu furriel...
' Stá ainda no seu lugar
A ilha de S. Miguel?
9º
Como passa o pai Fernando?
Como vai Luís Vasconcelos?
Está bom? Eh Jacinto,
O pé, e os mais camelos?
10º
Escreve-me pois para saber
Notícias, estou ansioso,
E deste teu mano e amigo
Recebe o coração saudoso.
1856. (Antero de Quental)
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
NOTAS DE VIAGEM XLIII- seguir até ao fim...
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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