(Rodin)
Presídio
Nem todo o corpo é de carne...Não ,nem todo.
Que dizer do pescoço,às vezes mármore,
às vezes linho,lago,tronco de árvore,
nuvem,ou ave,ao tacto sempre pouco...?
e o ventre,inconsistente como o lodo?...
e o morno gradeamnento dos teus baraços?
Não ,meu amor...Nem todo o corpo é carne:
é também água ,terra,vento,fogo..
É sobretudo sombra à despedida;
onda de pedra em cada reencontro;
no parque da memória o fugidio
vulto da Primavera em pleno Outono...
Nem só de carne é feito este presídio,
pois no teu corpo existe o mundo todo!
David Mourão Ferreira
Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
segunda-feira, outubro 02, 2006
Onda de pedra em cada reeencontro...
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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Meu Deus!
ResponderEliminarA inteligência, a sensibilidade, o mundo, tudo..., em forma de poesia.
Lindos, o poema e o desenho.
ResponderEliminareste homem era senhor da palavra e dos sentidos. Fascínante!
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