sábado, janeiro 16, 2010

Évora, uma pequena "amostra"- XII- O cromeleque dos Almendres


                              (Aguarelas de Turner)

                              (Aguarelas de Turner)                    

                              (Aguarelas de Turner)  
                                                                       
O cromeleque dos Almendres era-me desconhecido. Da mesma forma a sua importância no âmbito da arqueologia pré-histórica. Aproveitando uma aberta, num daqueles dias encharcados em que o chapéu de chuva nunca me abandonou, fui até ao local. Uma ampla clareira em suave declive abre-se à nossa frente. O grande número de monólitos dispostos num traçado elíptico transmite-nos de imediato, a grandiosidade do achado. A sua implantação num plano elevado, donde se abarca uma vista luminosa, conduz o visitante, quase de imediato, ao recato e à contemplação silenciosa. Embora o número de visitantes durante o  tempo que ali estive fosse significativo, o modo como percorriam todo aquele espaço era cuidadoso e discreto, permitindo que se pudesse usufruir a beleza de olhar aquele conjunto  a partir de diferentes lugares centrais.
Era possível observar visitantes para quem o local tinha seguramente um valor simbólico- religioso. Escolhiam um pequeno monólito central e lá se deixavam ficar num silêncio meditativo. 

                                                         (Aguarelas de Turner)

Cada monólito tem tamanho e formato diferente, descobrindo-se em muitos deles variados desenhos que aguçam o desejo de descoberta. Gostava de ter podido visitar este local acompanhada por alguém entendido nestes achados, que me tivesse levantado um pouco o véu da minha ignorância.
Quando voltar a passar pelo Alentejo não deixarei de passar por lá. É um lugar verdadeiramente belo.

4 comentários:

Não são permitidos comentários anónimos