Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
sábado, janeiro 30, 2010
Uma Noite na Ópera
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
quinta-feira, janeiro 28, 2010
Que é feito dos verdadeiros piqueniques?
(James Tissot)
Quem me habituou à prática dos piqueniques foi um avô que eu tive, depois substituído, ao longo dos anos por um grande amigo que, por essas alturas, nos meus vinte e poucos, sabia de piqueniques como ninguém e tinha uma companheira fazedora de sanduíches de vários andares e de outras comidas portáteis que eram autênticos pitéus.
Calcorreei muitos caminhos, deitei-me na caruma, sesteei à sombra de olorosas árvores, trepei a rochas das quais se descobriam horizontes de deixar sem ar o mais indiferente à magnificência de certas paisagens, juntei pedras que eram esculturas «encontradas», como eu lhes chamava, carreei para casa plantas, pedras, conchas, enfim, tudo o que podia ajudar a relembrar esses excelentes passeios e aligeirar um pouco estas muralhas de livros que me rodeiam. E tudo isto se fazia- com excepção dos percursos ferroviários sem interesse- a pé!
Outro dia, com uma amiga, quase repeti um piquenique dos tempos que era jovem. Soube-me tão bem! O nosso combustível era a excelente conversa que muitas vezes mantemos. E, como sabeis, não há nada melhor que ar puro, sol, andamento à vontade do corpo e uma boa conversa para levantar a moral. Chegados ao sítio que nos propúnhamos atingir- porque havia, naquele passeio, um sítio a atingir- sentávamo-nos nuns banquinhos de pedra, daqueles em que as pessoas ficam frente a frente, olhámos uns painéis de azulejos que a minha amiga conhecia e eu não, levantámo-nos, contornámos um vasto tanque de pedra e por ali ficámos um pouco, a mirar e remirar a bela construção. Depois, voltámos paulatinamente ao ponto de partida e, com excepção do lixo esparso (plástico, latas de refrigerantes vazias, etc.) que, a um canto ou a outro, sempre aparece, sentimos que tínhamos ganho a tarde. Claro que exprobámos aos humanos-em-geral o seu desleixo, a sua falta de respeito pelos outros, a sua incivilidade. Abandonar em qualquer lado o lixo? Um piqueniqueiro que se preza jamais o fará. Longe, ao fundo, passavam enlatados por uma estrada. Quando nos aproximámos, vimos as caras das pessoas e foi terrível. Eram como lixo dentro dos contentores, um lixo que pensasse de si próprio que era um luxo.
Então percebemos que a nossa boa disposição - se não tivéssemos inteligência -acabaria logo ali. Olhámos um para o outro e conseguimos salvar o resto da tarde largando duas bem estaladas gargalhadas.
Sim, que é feito dos verdadeiros piqueniques?
(Alexandre O'Neill- Uma coisa em forma de assim)
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
quarta-feira, janeiro 27, 2010
...como crianças implorando por luas nesta Terra
(Miró)
Converter em realidades os nossos sentimentos e propensões individuais, transformar as nossas disposições de ânimo em medidas do universo, acreditar que, porque desejamos justiça ou amamos a justiça, a Natureza terá necessariamente de ter o mesmo desejo ou o mesmo amor, supor que, porque uma coisa é má, ela pode ser tornada melhor sem piorar, estas são atitudes românticas e definem todos os espíritos que se revelam incapazes de conceber a realidade como algo situado fora deles próprios, como crianças implorando por luas nesta Terra.
Quase todas as modernas reformas sociais são concepções românticas, um esforço para acomodar a realidade aos nossos desejos. O aviltante conceito da perfectibilidade humana
Quase todas as modernas reformas sociais são concepções românticas, um esforço para acomodar a realidade aos nossos desejos. O aviltante conceito da perfectibilidade humana
(Barão de Teive- A Educação do Estóico)
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
terça-feira, janeiro 26, 2010
Tive este sonho...
(Stieglitz )
Como estava a dizer, passei dias muito agitados e mil vezes voltaram ideias obscuras que me atormentavam desde a visita à Rua Posadas. Tive este sonho: visitava de noite uma velha casa solitária. Era de certo modo uma casa conhecida e infinitamente ansiada por mim desde a infância, de maneira que entrei nela guiado por algumas recordações. Mas às vezes encontrava-me perdido na obscuridade ou tinha a sensação de tinha inimigos ocultos que poderiam assaltar-me pelas costas ou de que existiam pessoas que cochichavam e se riam de mim, da minha ingenuidade. Quem eram essas pessoas e que queriam? E, no entanto, apesar de tudo, senti que nessa casa renasciam dentro de mim os antigos amores da adolescência, com os mesmos temores e essa sensação de suave loucura, de temor e alegria. Quando despertei, compreendi que a casa do sonho era María.
(O Túnel- Ernesto Sabato)
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
segunda-feira, janeiro 25, 2010
As sílabas de cedro, de papel...
(Aguarelas de Turner)
Vocábulos de sílica, aspereza,
Chuva nas dunas, tojos, animais
Caçados entre névoas matinais,
a beleza que têm se é beleza.
O trabalho da plaina portuguesa,
As ondas de madeira artesanais
Deixando o seu fulgor nos areais,
A solidão coalhada sobre a mesa.
As sílabas de cedro, de papel,
A espuma vegetal, o selo de água,
Caindo-me nas mãos desde o início.
O abat-jour, o seu luar fiel,
Insinuando sem amor nem mágoa
A noite que cercou o meu ofício.
(Carlos Oliveira)
Vocábulos de sílica, aspereza,
Chuva nas dunas, tojos, animais
Caçados entre névoas matinais,
a beleza que têm se é beleza.
O trabalho da plaina portuguesa,
As ondas de madeira artesanais
Deixando o seu fulgor nos areais,
A solidão coalhada sobre a mesa.
As sílabas de cedro, de papel,
A espuma vegetal, o selo de água,
Caindo-me nas mãos desde o início.
O abat-jour, o seu luar fiel,
Insinuando sem amor nem mágoa
A noite que cercou o meu ofício.
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
sexta-feira, janeiro 22, 2010
Maysa Matarazzo canta Moulodji
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
quinta-feira, janeiro 21, 2010
Que o meu coração esteja sempre aberto às pequenas aves...
que o meu coração esteja sempre aberto às pequenas
aves que são os segredos da vida
o que quer que cantem é melhor do que conhecer
e se os homens não as ouvem estão velhos
que o meu pensamento caminhe pelo faminto
e destemido e sedento e servil
e mesmo que seja domingo que eu me engane
pois sempre que os homens têm razão não são jovens
e que eu não faça nada de útil
e te ame muito mais do que verdadeiramente
nunca houve ninguém tão louco que não conseguisse
chamar a si todo o céu com um sorriso
(E. E. Cummings, in "livrodepoemas")
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
quarta-feira, janeiro 20, 2010
Évora, uma pequena "amostra"-XIV- A despedida e o castelo de Montemor-o-Novo
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
Há muito que Évora ficou para trás. Muito embora os dias tenham sido, objectivamente, cinzentos voltei ao trabalho com o colorido que as viagens sempre me deixam-a disponibilidade para olhar com cuidado, a possibilidade de encontrar nesses recantos nichos de sonho, que ficam em pousio e me vão alimentando no caminho.
Para despedida deste curto, mas já longo passeio, deixo-vos o Castelo de Montemor-o-Novo num dia em que me senti levada, por instantes, como que por magia, a terras da Irlanda.
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
terça-feira, janeiro 19, 2010
Évora, uma pequena amostra- XIII- Alcáçovas e o seu Paço esquecido
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
Encontramos em Alcáçovas o Paço Real, com jardins com motivos desenhados com conchas e mil e um pedaços de fragmentos vários. Foi por aqui que o Tratado de Tordesilhas foi assinado. Este lugar encontra-se tristemente abandonado e em rápida degradação há já largos anos. Não há sinais de qualquer projecto de conservação. Estas foram algumas das imagens mais intactas que consegui captar. Até quando, não se sabe...
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
domingo, janeiro 17, 2010
Outra Verdade Inconveniente...
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
sábado, janeiro 16, 2010
Évora, uma pequena "amostra"- XII- O cromeleque dos Almendres
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
O cromeleque dos Almendres era-me desconhecido. Da mesma forma a sua importância no âmbito da arqueologia pré-histórica. Aproveitando uma aberta, num daqueles dias encharcados em que o chapéu de chuva nunca me abandonou, fui até ao local. Uma ampla clareira em suave declive abre-se à nossa frente. O grande número de monólitos dispostos num traçado elíptico transmite-nos de imediato, a grandiosidade do achado. A sua implantação num plano elevado, donde se abarca uma vista luminosa, conduz o visitante, quase de imediato, ao recato e à contemplação silenciosa. Embora o número de visitantes durante o tempo que ali estive fosse significativo, o modo como percorriam todo aquele espaço era cuidadoso e discreto, permitindo que se pudesse usufruir a beleza de olhar aquele conjunto a partir de diferentes lugares centrais.
Era possível observar visitantes para quem o local tinha seguramente um valor simbólico- religioso. Escolhiam um pequeno monólito central e lá se deixavam ficar num silêncio meditativo.
(Aguarelas de Turner)
Cada monólito tem tamanho e formato diferente, descobrindo-se em muitos deles variados desenhos que aguçam o desejo de descoberta. Gostava de ter podido visitar este local acompanhada por alguém entendido nestes achados, que me tivesse levantado um pouco o véu da minha ignorância.
Cada monólito tem tamanho e formato diferente, descobrindo-se em muitos deles variados desenhos que aguçam o desejo de descoberta. Gostava de ter podido visitar este local acompanhada por alguém entendido nestes achados, que me tivesse levantado um pouco o véu da minha ignorância.
Quando voltar a passar pelo Alentejo não deixarei de passar por lá. É um lugar verdadeiramente belo.
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
quinta-feira, janeiro 14, 2010
MARCAS DE UM TERRAMOTO
(Aguarelas de Turner)
Percorrendo em 2007 os Açores encontrei vivas muitas marcas do último terramoto. Esta Igreja deve permanecer ainda completamente por terra. Ela está ali para nos lembrar que as vidas que desabam nunca poderão ser reconstruidas. Todos nós estamos de olhos postos no Haiti e no infinito desamparo e dor em que se encontram centenas de milhares de pessoas. Desejamos estender os braços a todos os que vagueiam sem destino procurando desesperadamente reatar os seus com vida. Sentimos também um imenso alívio por "aquilo" não se ter passado do lado de cá. Esta dualidade, se não pensada, pode-nos conduzir a olhar relatos do sismo como algo que, progressivamente, vai ficando mais desafectado, transformando-se, pouco a pouco, num espectáculo perverso. Não são só as televisões que concorrem para este perigo. São também todas as pessoas que olham a repetição das imagens como que para confirmarem que escaparam desta vez. Por isso os outros, os que morrem, e gritam de dor, rapidamente serão esquecidos.
Já que estamos do lado de cá e a vida ainda vai podendo ser cantada, resta-nos a solidariedade. Mas uma solidariedade activa, procurando mobilizar todos os que estão à nossa volta para não deixarem de ajudar. Ficam aqui, a título de incentivo, os nºs para transferência bancária para a A.M.I. e para a Cruz Vermelha Portuguesa.
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
quarta-feira, janeiro 13, 2010
Évora, uma pequena "amostra"-XI
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
Em tempos evoquei aqui o imenso livro de viagens que ouvia muitas noites, em pequenina, antes de adormecer. A "Volta ao Mundo" de Ferreira de Castro. Não guardando a memória precisa do que ia imaginando, uma coisa era certa, desejava todas as noites ir mais além. O que iria ouvir no dia seguinte, que novas terras ia conhecer...Era uma forma de saborear os últimos momentos da noite com os meus pais...
Quando me vejo a dar continuidade, com prazer, a esta "narrativa" e me pergunto se vale a pena continuar ou não, vendo-me impelida, ao mesmo tempo, a querer ir até ao fim, não posso deixar de evocar o que sentia sempre que era necessário recolher ao quarto e deixar para o outro dia a continuação da viagem.
Hoje deixo-vos aqui mais umas passagens do que os meus "olhos" conseguiram ver da Igreja de S.Francisco.
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
terça-feira, janeiro 12, 2010
Évora, uma pequena "amostra"- X- o vitral que pinta...
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
segunda-feira, janeiro 11, 2010
Évora, uma pequena "amostra"-IX- em torno da Igreja de S.Francisco
(Aguarelas de Turner)
Entrei na Igreja de S. Francisco e deixei-me seduzir pela luz. A manhã era de sol e sombra. O sol atravessando o vitral geométrico da ala oposta, ora iluminava em toda a sua glória a capela barroca, ora a entristecia, deixando-a numa quase total penumbra e recolhimento. Deixei-me ficar largo tempo com a minha quase inseparável companheira e lá fui procurando recolher as pinturas que sol e vitral faziam naquela belíssima talha dourada.
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
domingo, janeiro 10, 2010
Évora, uma pequena "amostra"VIII- Um salto à barragem do Alqueva
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
sábado, janeiro 09, 2010
Évora, uma pequena "amostra"-VII- pelo Alentejo...
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
Cada lugar tem mil e uma facetas de uma imensa diversidade. Não deixamos contudo de criar para cada um deles uma imagem-símbolo que se torna uma espécie de logotipo. Quando dizemos Alentejo evocamos, de imediato, a planície alentejana no seu pleno dourado do pino do Verão. Quando dizemos Minho evocamos a frescura dos verdes que nos fazem sonhar um recanto para nos refazermos das agruras do sol. Quando dizemos Algarve raramente nos lembramos da serra algarvia e, mesmo resistindo aos esteriótipos, vemos esse oceano azul que nos acompanha pelo caminho. Mas hoje, aqui, este Alentejo é de uma verdura imensa que apazigua a "alma" e apetece poder perpetuar.
Tal como em relação às gentes, vale bem a pena desvendar as mil faces de cada lugar.
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
sexta-feira, janeiro 08, 2010
Évora, uma pequena "amostra"-VI- em torno de uma laranja
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
Fotografar é, também, pesquisar equilíbrios, jogar com analogias, reunir as partes num todo, tecendo assim um fio condutor interior. Ficam aqui estas notas soltas em torno de uma pequena laranja.
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
quinta-feira, janeiro 07, 2010
Évora, uma pequena "amostra"- V- O pórtico da Sé Catedral de Évora
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
quarta-feira, janeiro 06, 2010
Évora, uma pequena "amostra"- IV- A Sé Catedral de Évora
(Aguarelas de Turner)
A Sé de Évora é um lugar fascinante. Com origem medieval, foi construída em toda a sua monumentalidade actual no período gótico.Transposto o pórtico monumental mergulhamos num espaço que se impõe pela sua sobriedade no que se refere às nave central e laterais. A "minimalização" dos efeitos decorativos permite, efectivamente, uma maior contacto com o interior de cada um de nós. Aqueles, acrescentados em épocas posteriores, vão proliferar nas diferentes capelas, sendo estas, para mim, muito menos interessantes.
Sentem-se um pouco, sem pressas, e vivam a boa sensação de se sentirem num lugar que os acolhe. Os construtores souberam interpretar não só o sentir religioso dos que lançaram mãos à obra como a necessidade de recolhimento de qualquer humano. À saída iremos observar o imponente pórtico.
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
terça-feira, janeiro 05, 2010
Évora, uma pequena "amostra"- III- Os templos e o tempo
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
segunda-feira, janeiro 04, 2010
Évora, uma pequena "amostra"- II
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
Em direcção ao coração da cidade as ruas antigas tornam-se verdadeiros "objectos" de descoberta. As fachadas estão ali, na sua múltipla diversidade, para nos mostrarem como o tempo pela mão do homem foi assinalando diferentes períodos e necessidades e assinando assim a sua Obra. Vi muitos destes prédios, à semelhança daquelas mantas que o tempo ia desgastando, e eram acrescentadas, preservando desta forma a sua história. Ali não há bonito nem feio. Há acima de tudo a presença de uma memória que não quer ser alienada.
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
domingo, janeiro 03, 2010
NÃO PODEMOS DEIXAR DE VER até ao fim- "A Era da Estupidez"
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
Évora, uma pequena "amostra"
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
Muito de Évora ficou por desbravar. Deixar-mo-nos ficar num lugar e darmo-nos tempo a um conhecimento recíproco é sempre o sonho que perseguimos. A verdade é que, a maior parte das vezes, as actividades que temos entram em total contradição com esse sonho. Essa descoberta num tempo "sem tempo" é obra ou da juventude ou de uma qualquer actividade que contemple a deambulação. Resta a possibilidade de agarrar os instantes que nos acontecem e de os viver, sem culpa, na medida do possível.
Sabendo Évora muito mais rica que as imagens que vos trago transmitem, ela é, de verdade, um sítio verdadeiramente acolhedor.
Nos próximos dias seguir-se-ão, como habitualmente, curtas notas fotográficas dos lugares por onde andei.
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
Subscrever:
Mensagens (Atom)