Estas fotografias, todas elas de lugares diferentes, servem para vos falar da hospitalidade, genuína, que encontrei em Creta. O prazer de ver chegar a uma mesa, mesmo antes de ser pedido, um grandioso copo de água, é não só a marca da necessidade que o calor impõe, mas o sentido da água como um bem primeiro a ofertar a quem se recebe. Vou contar-vos uma história: descera ao porto de Reptymno, encaminhando-me de seguida para a zona da fortaleza onde esperava encontrar o museu aberto. A greve geral decretada por toda a Grécia fez-me encontrá-lo de portas fechadas. Apesar de não ter dado o passeio como em vão - pude contemplar de lá a cidade e observar, do exterior, a fortaleza de construção veneziana -sentia-me um pouco decepcionada e cansada. Do lugar onde estava vi a porta de um café que parecia aberta. Uma oportunidade para parar um pouco, beber um cafézinho e meter, depois, pernas ao caminho na direcção contrária. Entrámos, mas rapidamente percebemos que ali se estavam a ultimar os preparativos para a abertura do café. Um grupo de pessoas dedicava-se à decoração do espaço. Prepararamo-nos para recuar...Imediatamente nos disseram que nos sentássemos. Apenas tinham água e café mas serviriam com todo o gosto. Assim foi. O café era esplêndido, o copo de água era bonito e enorme e a simpatia das pessoas também. No fim, quando, naturalmente, quizemos pagar fizeram questão de não aceitar. Da mesma forma, num restaurante onde almoçámos, ao pedirmos uma sobremesa( que não havia na casa) o funcionário tomou a iniciativa de nos preparar uma surpresa fazendo-a acompanhar com o vinho doce de Samos. Gestos espontâneos que encontrámos, de formas diferentes em diferentes lugares. Um grande obrigada a todos que tão bem nos receberam.
Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
domingo, abril 27, 2008
Notas de Viagem- Creta- A hospitalidade dos Cretenses
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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é assim nos lugares das gentes simples. complicados são os males da excessiva "civilização".
ResponderEliminarAtitudes que cada vez mais vão rareando.
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