(Abbati)
E se, depois de tantos anos a viver na cidade, não reconhecermos o caminho, não somos capazes de encontrar sozinhos a casa situada nas terras dos nossos antepassados, andamos ás voltas,às apalpadelas, apesar de pensarmos ter guardado intacta a recordação dessa casa; intacto o seu esconderijo nas barbas de milho, contra a latada e sob a poeira vermelha da eira, a cozinha à esquerda, a fachada disforme, com o forno de pão, o estábulo no outro extremo, a barra cor-de-rosa e o muro; se regressamos depois de tantos anos e entramos, como se entrássemos em nossa casa, nessa casa que é nossa , por ter pertencido ao pai, onde, por ser nossa, temos alguns direitos...
Brigitte Paulino-Neto ( A Melancolia do Geógrafo)
Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
quarta-feira, maio 17, 2006
E se... não somos capazes de encontrar sozinhos a casa?
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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Encontrar o caminho de volta é encontrarmos um pouco de nós próprios.
ResponderEliminarExiste genuidade nesta escrita.
ResponderEliminar(
A frase de Freud escolhida, sobre os poetas é muito significativa -aliás, ele foi o primeiro a tentar compreender o processo criativo, escrevendo sobre Da Vinci- essa parte é conhecida.
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