sábado, outubro 10, 2009

Notas soltas de Madrid V- Fantin Latour no Thyssen



Tendo sido a Gulbenkian a primeira sala que apresentou a retrospectiva deste pintor romântico francês, contemporâneo dos impressionistas, foi só  no Thyssen que pude saborear a sua pintura.
Fui sensível à minúcia, quase científica, dos seus trabalhos, em particular as flores. Uma precisão que não retira ao quadro a emoção, antes a transmite por via da transparência, da leveza e da suavidade. Da mesma forma, os seus trabalhos em torno da mulher entregue à leitura e ao sonho acordado, transportam-nos a uma atmosfera intimista e nostálgica onde todo um mundo interior parece pairar. 
Encontramos também em Fantin Latour a obsessão pelo auto-retrato (na linha de Rembrandt) podendo acompanhar através de um número significativo de telas as suas transformações físicas e psicológicas no decurso da vida.
Era uma pena ter perdido em Lisboa a oportunidade de conhecer algo deste pintor, para mim, quase desconhecido.

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