http://search.japantimes.co.jp/cgi-bin/ff20080627a1.html
Todo o filme decorre, na sua quase totalidade, no espaço de dois dias, no seio de uma família tradicional japonesa ,reunida no dia do aniversário da morte do filho mais velho. Ao longo deste tempo todos os presentes vão evidenciando os conflitos subjacentes a toda a sua vida, e que se polarizavam em torno da "presença" ausente do filho morto, totalmente idealizado pelos pais.
Assistimos, através dos diálogos carregados de tensões, ironias, e silêncios, à revolta do filho preterido, que aproveita esta reunião familiar para pôr em ordem o seu "deve e haver", sem nunca deixar de nos fazer sentir as suas decepções e afectos.
Se os encontros reactivam o desejo de acabar o que ficou em suspenso, eles também demonstram e confirmam todas as impossibilidades.
Assistimos, através dos diálogos carregados de tensões, ironias, e silêncios, à revolta do filho preterido, que aproveita esta reunião familiar para pôr em ordem o seu "deve e haver", sem nunca deixar de nos fazer sentir as suas decepções e afectos.
Se os encontros reactivam o desejo de acabar o que ficou em suspenso, eles também demonstram e confirmam todas as impossibilidades.
É um filme que ultrapassa a sedução fácil das diferenças culturais para nos mostrar a universalidade da ambivalência humana, que tantas vezes bloqueia a total expressão do que nos vai na alma. Como mensagem final o realizador mostra-nos como acaba por prevalecer nos personagens a capacidade para conservarem no seu interior tudo o que de bom acabou por acontecer. Uma síntese desta ideia é evidenciada no diálogo da jovem mãe com o filho explicando lhe como a memória dos que partem passa a fazer parte de cada um de nós.
Um belo filme que valeu bem a pena e que aconselho, vivamente, a todos os que ainda não o viram.
Um belo filme que valeu bem a pena e que aconselho, vivamente, a todos os que ainda não o viram.
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