Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte... 
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
domingo, setembro 30, 2007
NOTAS DE VIAGEM XXXVII - Ainda no Faial
Olhar o mundo à minha volta,
 gostar dos que me são queridos,
 usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
sábado, setembro 29, 2007
NOTAS DE VIAGEM XXXVI-Escritores Açorianos
Um Amigo
                      
Há uma casa no olhar
          de um amigo.
          Nela entramos sacudindo a chuva.
          Deixamos no cabide o casaco
          fumegando ainda dos incêndios do dia.
          Nas fontes e nos jardins
          das palavras que trazemos
          o amigo ergue o cálice
          e o verão
          das sementes.
          Então abre as janelas das mãos para que cantem
          a claridade, a água
          e as pontes da sua voz
          onde dançam os mais árduos esplendores. 
Um amigo somos nós, atravessando o olhar
        e os véus de linho sobre o rosto da vida,
        nas tardes de relâmpagos e nos exílios,
onde a ira nómada da cidade arde
      como um cego em busca de luz.
Eduardo Bettencourt Pinto  http://www.eduardobpinto.com/cabeca.html
Olhar o mundo à minha volta,
 gostar dos que me são queridos,
 usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
sexta-feira, setembro 28, 2007
NOTAS DE VIAGEM XXXV- Amanhecer na Horta
Olhar o mundo à minha volta,
 gostar dos que me são queridos,
 usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
quinta-feira, setembro 27, 2007
VULCÃO DOS CAPELINHOS - 50 Anos
"É assim que
morremos,
como o vulcão:
feridos pelo
tempo, pela
voragem dos
ventos e das
névoas, pela
gravitação dos
magmas, pelo
inexorável
estertor das
marés.
O sentido é
estar aqui entre
o vulcão e o
poema. Ser testemunha
de um tempo
e partir, depois,
num barco ou
numa nuvem."
in Vulcão Aberto (fotografia : António Silveira; texto: Maria do Céu Brito; prefácio: Victor Hugo Forjaz).Faial, 2007
Olhar o mundo à minha volta,
 gostar dos que me são queridos,
 usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
quarta-feira, setembro 26, 2007
NOTAS DE VIAGEM XXXIV - Horta (Marina)
Olhar o mundo à minha volta,
 gostar dos que me são queridos,
 usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
terça-feira, setembro 25, 2007
NOTAS DE VIAGEM -XXXIII- notas soltas
Olhar o mundo à minha volta,
 gostar dos que me são queridos,
 usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
segunda-feira, setembro 24, 2007
MARCEL MARCEAU
Olhar o mundo à minha volta,
 gostar dos que me são queridos,
 usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
NOTAS DE VIAGEM XXXII- Paisagens
                                                                                       (Aguarelas de Turner)        olhando  o mar...   (Miradouro do Monte do Facho)   
                                                                                                                       (Aguarelas de Turner)   
                                                                               (Aguarelas de Turner)    o repouso dos viajantes
Olhar o mundo à minha volta,
 gostar dos que me são queridos,
 usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
domingo, setembro 23, 2007
NOTAS DE VIAGEM XXXI - presença, sempre presente...
Quando eu me sento à janela
P'los vidros qu'a neve embaça
Vejo a doce imagem d'elia
Quando passa... passa.... passa...
N'esta escuridão tristonha
Duma travessa sombria
Quando aparece risonha
Brilha mais qu'a luz do dia.
Quando está noite ceifada
E contemplo imagem sua
Que rompe a treva fechada
Como um reflexo da lua,
Penso ver o seu semblante
Com funda melancolia
Qu'o lábio embriagante
Não conheceu a alegria
E vejo curvado à dor
Todo o seu primeiro encanto
Comunica-mo o palor
As faces, aos olhos pranto.
Todos os dias passava
Por aquela estreita rua
E o palor que m'aterrava
Cada vez mais s'acentua
Um dia já não passou
O outro também já não
A sua ausência cavou
Ferida no meu coração
Na manhã do outro dia
Com o olhar amortecido
Fúnebre cortejo via
E o coração dolorido
Lançou-me em pesar profundo
Lançou-me a mágoa seu véu:
Menos um ser n'este mundo
E mais um anjo no céu.
Depois o carro funério
Esse carro d'amargura
Entrou lá no cemitério
Eis ali a sepultura:
Epitáfio.
Cristãos! Aqui jaz no pó da sepultura
Uma jovem filha da melancolia
O seu viver foi repleto d'amargura
Seu rir foi pranto, dor sua alegria.
Quando eu me sento à janela
P'los vidros qu'a neve embaça
Julgo ver imagem dela
Que já não passa... não passa.
Fernando Pessoa, Maio de 1902 (escrito durante a sua visita à família materna à ilha Terceira)
     que nos revela em cada rua, em cada esquina, um sentir, uma emoção - tudo fica mais "aconchegado"
dentro de nós... Este foi um bonito exemplo que colhi desse" Passeio" e,..também uma
curiosa e agradável coincidência...
Não cantarei a virgem que o cavalo
Com um xairel de sangue arrebatou,
Quebrada pelo bruto, -nem levá-Io
Ao potro vingador de um verso vou.
Não cantarei tal noite aziaga. Falo
Apenas do que tenho, do que sou
Com ela, como o vinho no gargalo
Do frasco em que me bebe e me esgotou.
Nem cantarei a vítima do resto,
Violada na inocência que perdeu
Nas emboscadas de um punício lodo:
Que só meu próprio amor acendo. E atesto
A chama da Victória que me deu
Na margarida branca o mundo todo. (pág. 39).
Vitorino Nemésio, Caderno de Caligraphia e outros poemas a Marga,
  OBRAS COMPLETAS, Vol. III, Imprensa  Nacional-Casa da Moeda,2003.
   
Olhar o mundo à minha volta,
 gostar dos que me são queridos,
 usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
sábado, setembro 22, 2007
NOTAS DE VIAGEM XXX- Cidade de Praia da Vitória
Olhar o mundo à minha volta,
 gostar dos que me são queridos,
 usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
sexta-feira, setembro 21, 2007
NOTAS DE VIAGEM XXIX- Aproximações
Olhar o mundo à minha volta,
 gostar dos que me são queridos,
 usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
quinta-feira, setembro 20, 2007
NOTAS DE VIAGEM XXVIII- Escritores Açorianos

Quarto Elogio da Pedra
O mais ínfimo rasgo       lembra a estação
em que os rios eram por ti
coisa já pensada
O sumo das laranjas       um braço
de criança, talvez o riso do fogo ou a idade
do frio
tão fácil a agressão da água
Emanuel       Jorge Botelho
(in «O Elogio da Pedra»)
Olhar o mundo à minha volta,
 gostar dos que me são queridos,
 usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
NOTAS DE VIAGEM XXVII- as" incontornáveis" presenças
Olhar o mundo à minha volta,
 gostar dos que me são queridos,
 usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
quarta-feira, setembro 19, 2007
Hoje, um dia especial...
Foi pelos teus olhos que aprendi a olhar as flores,
aquelas que sempre acarinhaste,
guardando-as do frio ou do tórrido sol,
regando-as nos fins de tarde ou nas manhãs nevoentas,
lutando arduamente,
contra ervas daninhas
que cortavam o seu respirar,
ou pragas malsãs
que lhes devoravam raízes.
Os seus primeiros nomes,
ouvi-os por ti pronunciados:
a madressilva de aroma delicado;
o útil loureiro que nos acolhia na sua sombra;
a buganvília , ora colorindo os dias quentes de verão,
ora percorrendo o frio na sua penúria;
os francos e sinceros jarros,
que de Inverno nunca deixavam a jarra vazia;
os agapantos que alilasavam o jardim,
(cujos bolbos, no abrir do Outono,
retiravas e separavas cuidadosamente
para, de novo, voltares a semear);
as delicadas e exigentes rosas,
que te levaram a estudar o seu cuidar;
os goivos e as cravínias, os lírios e as espadanas;
o vulgar cravo da índia;
as amigáveis bocas de lobo
(que sempre me encantaram)
e as infindáveis sementes,
que recolhias,
secavas,
guardavas,
(como se de um tesouro se tratasse)
preparando o momento do novo renascer.
(Para ti, mamã querida, no dia dos teus 81 anos)
Olhar o mundo à minha volta,
 gostar dos que me são queridos,
 usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
terça-feira, setembro 18, 2007
NOTAS DE VIAGEM XXVI- Descer ao Algar do Carvão
                                           (Aguarelas de Turner)
                     (Aguarelas de Turner)
                                                                                                                                                                          (Aguarelas de Turner)                J. S. Bach
Olhar o mundo à minha volta,
 gostar dos que me são queridos,
 usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
segunda-feira, setembro 17, 2007
NOTAS DE VIAGEM XXV-No reino da urze
Olhar o mundo à minha volta,
 gostar dos que me são queridos,
 usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
domingo, setembro 16, 2007
NOTAS DE VIAGEM XXIV-Angra do Heroísmo
Olhar o mundo à minha volta,
 gostar dos que me são queridos,
 usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
sábado, setembro 15, 2007
NOTAS DE VIAGEM XXIII - O Mar da Terceira
                                                                              (Aguarelas de Turner)
                                                                                       (Aguarelas de Turner)
                                                                                      (Aguarelas de Turner)lugares que também me maravilharam. A começar por este mar...
Olhar o mundo à minha volta,
 gostar dos que me são queridos,
 usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
































