(Pablo Picasso)
FORMAS DE VIOLÊNCIA
Chamar - não muito longe, a montante do tempo - "Escrivão da pena grande" ao varredor
municipal do lixo.
Escrever e publicar um livro com o título de «O Preto que tinha a alma branca».
Macaquear, ainda que por olvidada ancestralidade colonialista o falar dos Brasileiros.
Conceber, fabricar e pôr à venda bonecas e bonecos assexuados.
Abominar, ao ponto de proibir ou desejar ver proibir, os brinquedos chamados belicistas, com
o pretexto de que são de um «realismo atróz» ou de que - pior ainda! se é pacifista. (Por estas e por outras é que há muito consequente pacifista que chega a adulto desarmado. É caso para perguntar:« E a paz quem a defende? E como?»)
Noticiar rixas urbanas ou suburbanas, ocorridas naquele mundo que os cronistas castiços apodam de «as alfurjas», identificando como «caboverdianos» alguns caboverdianos, entretanto «integrados», que nela possam ter participado. (Para remover o lixo citadino, não precisam de pátria ou nome; para anavalhar ou capoeirar o cidadão,sim.)
Votar de braço ao alto (quase nunca ao baixo).
Deixar-e, em certos casos, também o não deixar - que, pelo regaço daquela que nos serviu dezenas de anos, continuem a escorregar e a traquinar os filhos dos nossos filhos, já que-nossa desculpa-« ela é tão dedicada!»
Desaconselhar ou desacreditar a prática da política com razões deste jaez:« o que o povo quer é trabalhar em paz.»(E se o povo quizer trabalhar em zás-trás-pás?).
Perguntar - como, microfone na mão, se perguntou- a uma velha camponesa transmontana:« A senhora sabe o que é a política?» (Lá do seu universo ela respondeu que não sabia, mas, quem, realmente, mostrou que não sabia, cá do nosso universo, foi o perguntador, rapaz de boas maneiras, mas de fracas ideias, um que pensa, afinal, que a água começa nas torneiras...)
(Alexandre O'Neill)
Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
sábado, abril 21, 2007
Formas de violência
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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adoro chapéus. se vivesse numm país mais frio usava; aqui as pessoas não têm o hábito e costumareparar-se muito em tudo o que foge ao trivial. é uma pena!
ResponderEliminara fotografia é linda e a montra um mimo!
Elipse
(isto hoje saíu-me mal... para além das gralhas, não consegui fazer login...)
ResponderEliminarMas a imagem é linda na mesma!
Elipse
Percebi que o comentário era um bocadinho mais abaixo...Beijinhos e um Bom Dia!
ResponderEliminarpois, correu mesmo tudo mal.
ResponderEliminare ainda por cima este pormenor da Guernica, tão afiado como o texto de O'neill... merecia um comentário, pela actualidade das questões levantadas. tudo a resumir-se numa palavra perigosa - desrespeito.