(Aguarelas de Turner)
À memória de Tibério Ávila Brasil
Alevanta-se o Pico como a lava
Intacto o arredondou na espuma espessa.
Uma nuvem de neve o tinge, e a brava
Onde o asperge de aromas na cabeça.
Das calhetas de peixe e loiro vinho
Tiram seu pão os homens. O moinho
Usa a vela do barco. E, à maré cheia,
Com sinais de alto mar no lombo, e linho
No fio árduo e mortal, sangra a baleia.
(Vitorino Nemésio- Sapateia Açoriana, Andamento holandês e outros poemas, 1976)
Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
quinta-feira, março 10, 2011
Uma nuvem de neve o tinge...
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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... ficava ali só a olhar!
ResponderEliminarnão pude evitar, pensei na tsunami que arrasou o Japão hoje, ainda estou com as imagens na cabeça, a onda chegando e levando tudo, pobres japoneses, me deu muita pena e embora esse post não fale disso, lembrei-me, foi terrível...o mar é muito poderoso
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