terça-feira, novembro 10, 2009

A Morte é a companheira do Amor. Juntos regem o mundo.


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É possível- respondeu Freud, que a morte em si não seja uma necessidade biológica. Talvez morramos porque desejamos morrer. Tal como o amor e o ódio por uma pessoa habitam o nosso peito ao mesmo tempo, assim também toda a vida conjuga o desejo de se manter e um desejo ambivalente da sua própria destruição- Tal como um pequeno elástico esticado tende a assumir a sua forma original, assim também toda a matéria viva, consciente ou inconscientemente, anseia por recuperar a completa e absoluta inércia da existência inorgânica. A pulsão de vida e a pulsão de morte habitam lado a lado dentro de nós. A Morte é companheira do Amor. Juntos regem o mundo. É esta a mensagem do meu livro Para Além do Princípio do Prazer. No início a psicanálise supôs que o Amor tinha toda a importância. Hoje sabemos que a Morte é igualmente importante.(...)

(Entrevista dada por Freud a George Sylvester Viereck.)

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