Como quem já lhe falou
Não o que penso, nem bem
Não o que penso, nem bem
O que sinto, mas o que sou.
Não por palavras- até
Poucas palavras é vão,
E um sorriso ou olhar é
Como fala a canção-,
Mas por um vago florir
Da alma à flor do dizer,
Da alma à flor do dizer,
Que não chegasse a abrir
Em voz, em símbolo, ou ser...
Um intervalo ou olvido
Do gesto ou da expressão
Que fique no olhar ou no ouvido
Como sendo do coração.
(Fernando Pessoa- 21-3-1928)
Deixei um gesto no outro lado do olhar.
ResponderEliminarMesmo que às vezes, é tão antigo como eu aqui, na net: é assim do coração!
Sempre!
ResponderEliminarMuito gosto da [aparente] simplicidade de alguns poemas de F Pessoa.
ResponderEliminarTexto e imagem: belíssima integração. :)
Tão simples, tão belo!
ResponderEliminarObrigado por trazeres Pessoa.
Bj