(Aguarelas de Turner)
Alguém tem de aparecer naquela curva
mesmo que se não saiba o que é depois
se estrada larga ou morte ou água turva
se solidão ou um a ser já dois.
A vida toda em sonho e esperar sempre
naquela curva não importa quem
alguém que diga o quê e saia ou entre
ainda que depois não mais ninguém.
Alguém há-de aparecer alguém que aponte
quem sabe se um aquém ou se um além
que nada mais senão o horizonte
daquela curva onde se espera alguém.
(Manuel Alegre- Lisboa, 19/6/2006) in Doze Naus
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