Florença faz a paixão de qualquer viajante. Aqui esquecem-se as multidões que se derramam por toda a cidade. É como se nos sentíssemos pertença de um grupo que persegue e ama todo aquele tesouro artístico que se nos oferece como uma dádiva. Como qualquer turista abeirei-me do Arno, "furei" para me apoiar no muro donde se contempla a ponte Vecchio. Deixei-me ficar, procurando imaginar aqueles tempos em que as lojas estavam nas mãos de ferreiros, talhantes e curtidores. A descoberta do Corridoío Vasariano, sobre as lojas, por onde caminhavam os Medici , longe do contacto com o povo, acordou-me da beleza para me lembrar a terrível constância da desigualdade e da descriminação ao longo dos séculos.
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Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
terça-feira, abril 27, 2010
Notas Soltas de Viagem- Florença
(Aguarelas de Turner)
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A beleza não pode fazer esquecer as cruas realidades passadas e presentes.
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