(Ana de Sousa)
Sete Meditações sobre os rios
Incontáveis, e rasos, rasgam
sinuosos, a rocha: abrem
pequenos sulcos, breves, sem
rumor, os caminhos leves: travam
em si a luta: haver, além
a extensão onde, o longo, outro
rio, foz, já corre,- encontro
ou fim? Ou, ainda, voo? Quem
vendo o curso, o frio, desce? Se
sobe, entre pedras, sobre
o leito, denso, nasce. É
aí o nome, o golpe: face
contínua das coisas, da morte. E cobre
a terra, a dor: o fundo, o pé.
(Diogo Alcoforado)
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