Vivemos diariamente nos nossos círculos mais restritos ou alargados, manifestações de intolerância, por vezes, convenientemente camufladas por polimentos classistas de natureza vária. O sentimento de superioridade leva a que se olhe o diferente como não-pertença do nosso género, sendo portanto um elemento a excluir de forma subtil ou radical. Engenhosamente construímos maneiras de deixarmos ocultos os nossos lados negros, estúpidos ou disformes, projectando-os nos écrans que são os outros, conseguindo assim continuar a olharmo-nos acima de qualquer suspeita.
Vem isto a propósito do filme Invicius, visto na tarde de ontem. Clint EastWood trouxe-nos, uma vez mais, uma obra notável. A história de um homem que depois de trinta anos de cativeiro, soube olhar os que foram responsáveis ou subscreveram um sistema violento e discriminatório, como iguais. Tudo isto, transformando um jogo considerado como coutada dos brancos num corpo de união de toda a nação sul-africana. Um hino ao Homem que Mandela incarna.
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