segunda-feira, janeiro 15, 2007

No mar tanta tormenta e tanto dano...

(Turner)

No mar tanta tormenta e tanto dano
Tantas vezes a morte apercebida;
Na terra tanta guerra, tanto engano,
Tanta necessidade aborrecida!
Onde pode acolher-se um fraco humano,
Onde terá segura a curta vida

Que não se arme e indigne o Céu sereno
Contra um bicho da terra tão pequeno?


( Luís Vaz de Camões ) Os Lusíadas (I,106)

3 comentários:

  1. As coisas mudam, ainda há esperança, mesmo q pequena das tormentas e danos um dia diminuirem.
    Legal, vc atualiza diariamente. :)

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  2. Publico comentario en galego, lingua irmá do portugués querido. O Canto de Camoes expresa como ningún outro a vulnerabilidade do ser humano, sometido ao azar, á arbitrariedade e aos designios crus do Amor. Porta un espírito tremendamente cancioneril. Unha recomendación: escoitar a versión musical que lle fai o grupo Milladoiro no álbum A Quinta das Lágrima. Paga a pena, de verdade. A poesía, esta, sobre todo, está pensada para a música e o canto. Os Milladoiro reflicten, na súa melodía a infinda vulnerabilidade que entraña o amor. Cesare Pavese sabía algo diso

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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