( Carlos Botelho)
Despedida
sentei-me ao sol
no alto das escadas de Alcântra
a ver os barcos
o rio
os carros que faziam barulho
lá em baixo
fiquei assim muito tempo
sentada ao sol
deixei o sol aquecer
um corpo que já tremia
por ter ficado sozinho
perplexo
sem resistência
por ter ficado sozinho
o corpo já se morria
todas as árvores são
aquelas mesmas árvores que eu vi?
e o céu
é sempre o mesmo céu?
e a terra em que me deito
é sempre a mesma terra
quer eu diga que vivo
ou que morri?
Y.K.Centeno
Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
domingo, novembro 12, 2006
UM DOMINGO COM YVETTE CENTENO
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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Qualquer miradouro nos permite ver longe... daí o termos a certeza que há gente que está connosco!
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