(Dali)
Ápice
O raio do sol da tarde
Que uma janela perdida
Refletiu
Num instante indiferente —
Arde,
Numa lembrança esvaída,
À minha memória de hoje
Subitamente...
Seu efêmero arrepio
Ziguezagueia, ondula, foge,
Pela minha retentiva...
— E não poder adivinhar
Porque mistério se me evoca
Esta idéia fugitiva,
Tão débil que mal me toca!...
— Ah, não sei porquê, mas certamente
raio cadente
Alguma coisa foi na minha sorte
Que a sua projeção atravessou...
Tanto segredo no destino de uma vida...
É como a idéia de Norte,
Preconcebida,
Que sempre me acompanhou...
( Mário de Sá-Carneiro)
Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
domingo, novembro 26, 2006
UM DOMINGO COM MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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Não aprecio todo o Dali.
ResponderEliminarMas este, sim!
Toca-me!