(Welsmann)
Numa alma tudo é grande.
Perguntamos se devemos amar.É coisa que não devemos perguntar: devemos sentir.Não deliberamos a esse propósito, somos levados a fazê-lo, e temos prazer em nos enganarmos quando consultamos.
A limpidez do espírito causa também a limpidez da paixão; é por isso que um espírito grande e límpido ama com ardor, e vê distintamente o que ama.
Há duas espécies de espírito, um geométrico, e outro a que podemos chamar de finura.O primeiro tem vistas lentas, duras e inflexíveis: mas o último tem uma versatilidade de pensamento que o aplica ao mesmo tempo às diversas partes amáveis daquilo que ama. Dos olhos chega até ao coração, e pelo movimento do que há fora conhece o que se passa dentro.
Quando temos estes espíritos, um e outro juntos,como dá prazer o amor! Porque possuímos ao mesmo tempo a força e a flexibilidade do espírito, que é muito necessária á eloquência de duas pessoas.
Nascemos com um carácter de amor nos nossos corações, que se desenvolve à medida que o espírito se aperfeiçoa, e que nos leva a amar o que nos parece belo sem que jamais nos tenham dito o que isso é.Quem poderá duvidar assim de não estarmos no mundo para outra coisa que não amar?
(....)
Blaise Pascal(Discurso sobre as Paixões do Amor)Fenda Edições
Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
segunda-feira, julho 10, 2006
Nascemos com um carácter de amor...
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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Lindo ! Nada é tão inexplicavelmente grandeprofundo como o sentiramor et comme dit Henri de Régnier Si j'ai parlé de mon amour,c'est à l'leau lente, c'est au vent, c'est à l'oiseau et c'est ton ombre que je cherche. E o sentiramor não carece de objeto "Tua mémória há sem que houvesses " Fernando Pessoa. Obrigado. joão batista.11/7
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