(Aguarelas de Turner)
Preparo uma estação diferente
de quantas teve o tempo, para ver-te;
uma nova mistura, sabiamente,
de névoa, tempestade, sol ardente
em chão de primavera inverno dentro.
Farei versos de nada, e amor de quem
nem corpo tem, e não parece gente;
cego serei, mas lúcido a dizer-te
a verdade calada em cada rima.
Bem na foice da terra, no seu centro,
onde se estende a noite constelada,
levantarei a tenda nupcial;
depois basta que tragas serra e lima
e rompas a grilheta desenhada
na minha humana foto oficial.
(António Franco Alexandre- Duende)
Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
domingo, fevereiro 20, 2011
em chão de primavera inverno dentro.
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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A nitidez e o difuso desta foto agradam-me muito.
ResponderEliminarfiquei muito feliz em descobrir seu blog porque estou tendo acesso a um tipo de informação que dificilmente teria aqui onde moro. Não conhecia o poeta, fiquei apaixonada pela poesia, fui pesquisar no google, agora já sei que é um dos maiores poetas portugueses da atualidade. Agradeço por me tirar da ignorância rs...Abraços
ResponderEliminargosto muito do poeta mas não conhecia este poema. belo!
ResponderEliminarassim como a foto.
1beijo daqui.