(Aguarelas de Turner)
Ar Livre
A menina translúcida passa.
Vê-se a luz do sol dentro dos seus dedos.
Brilha em sua narina o coral do dia.
Leva o arco-iris em cada fio de cabelo.
Em sua pele, madrepérolas hesitantes
pintam leves alvoradas de neblina.
Evaporam-se-lhe os vestidos, na paisagem.
É apenas o vento que vai levando seu corpo pelas alamedas.
A cada passo, uma flor, a cada movimento, um pássaro.
E quando pára na ponte, as águas todas vão correndo
em verdes lágrimas para dentro dos seus olhos.
(Cecília Meireles- Retrato Natural)
Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
domingo, fevereiro 13, 2011
E quando pára na ponte, as águas todas vão correndo....
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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Como gosto dela! Bela imagem!
ResponderEliminarA fotografia da ponte é uma autêntica ternura.
ResponderEliminarque poesia maravilhosa! e esta eu não conhecia, obrigada por me apresentar. Seu blog está lindo! Bom domingo, um abraço
ResponderEliminarBelíssimo! E a imagem também.
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