Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
quinta-feira, abril 30, 2009
Santillana e os seus encantos
Um salto pequenino aos Picos da Europa
quarta-feira, abril 29, 2009
Para ti, hoje
É bom ser pequenininho e estar envolvido por todos os que nos querem. É muito bom ter já chegado aos 17, questionando a existência, lutando, diariamente, para vencer obstáculos, desenvolvendo um sentido de humor subtil e inesperado, sendo terno e sensível de uma forma discreta...
Parabéns, querido filho.
terça-feira, abril 28, 2009
Em torno da ponte romana - Cangas de Onis
A ponte romana de Cangas de Onis e o seu rio Sella são dois encantos inseparáveis. Soube-me bem atravessar a ponte com o seu percurso em arco, "calcetado" com pedra gorda, rolada, capaz de se fazer sentir mesmo através de "solas" mais bem preparadas. Era como se esse momentâneo incómodo me ajudasse a viajar em sonhos aos primeiros séculos do milénio. É bem verdade que todos precisamos de continuar a sonhar...
segunda-feira, abril 27, 2009
Llanes, na despedida
sábado, abril 25, 2009
De Sábado para Domingo um filme- Gran Torino
Uma vez mais, a força interior deste realizador e intérprete impôs-se em toda a sua intensidade e dramatismo. Muito embora se encontrem muitos pontos comuns a outras obras suas, senti, ao ver este filme, como o seu autor não desiste de percorrer o drama interior daquele que se encerra em si mesmo, usando, defensivamente, o ódio e a distância afectiva para proteger a sua imensa dor e fragilidade.
http://lauroantonioapresenta.blogspot.com/2009/04/cinema-gran-torino.html
Porquê a Chuva
Do fascismo propriamente dito, do que me lembro melhor é da chuva. Se alguém me pedisse para dizer a primeira coisa que me viesse à cabeça perante a palavra "fascismo", seria forçosamente "chuva".
in "PONTEIROS PARADOS"- José Ricardo Costa- http://ponteirosparados.blogspot.com
35 ANOS, Felizmente.
sexta-feira, abril 24, 2009
A poesia veio conversar comigo
quinta-feira, abril 23, 2009
Percorrendo Llanes
quarta-feira, abril 22, 2009
Lhanes, primeira "amurada" das Astúrias
segunda-feira, abril 20, 2009
As flores da chegada
domingo, abril 19, 2009
O céu de Salamanca
sábado, abril 18, 2009
Museu de Salamanca e Unamuno
Foi então que o general Millán Astray tomou a palavra. Ele era um militar mutilado pela guerra no Riff e comandava as tropas coloniais que haviam desembarcado na Espanha, alçadas para derrubar o regime republicano da Frente Popular. Começou sua peroração amaldiçoando os bascos e os catalões por seu desejo autonomista, prometendo que o fascismo iria "exterminar aquele câncer, cortando ambos em carne viva... e sem falsos sentimentos". Do salão veio um grito que tornou-se a divisa do general Astray: "Viva la merte"
O reitor indignado com o que estava ouvindo ergueu-se então. Era Don Miguel de Unamuno, o mais prestigiado dos pensadores espanhóis daqueles tempos. Virou-se para o general Astray e disse-lhe que não poderia permitir que bascos e catalões fossem vilipendiados na sua presença. E que também não aceitaria que em plena casa da sabedoria viessem aclamar a morte, com "um brado necrófilo e insensato". Atribuiu aquele desvario todo ao fato do general ser "um aleijado destituído da grandeza moral de Cervantes", que tendia a compensar-se da sua desgraça procurando mutilações ao seu redor. Nesse momento, ao escutar as derradeiras palavras de Unamuno, o general Astray furioso e de pé, fazendo a saudação fascista, bradou: "Abajo la Inteligencia!", complementando com mais um "Viva la Muerte!"
Unamuno não se intimidou. Voltou-se para ele e disse-lhe: "este é o templo da inteligência. E eu sou o sacerdote mais alto. Sois vós que profanais este sagrado recinto. Ganhareis, porque possuís mais do que a força bruta necessária. Mas não convencereis - Venceraos pero no convenceraos! - porque para convencer é necessário persuadir. E para isso vos falta a razão e o direito em vossa luta."
Então, em meio a um silêncio constrangedor daquela multidão uniformizada que repentinamente emudecera, o reitor retirou-se do recinto. Os militares e os falangistas não o prenderam naquele momento porque temiam as repercussões negativas que certamente viriam do mundo inteiro se o jogassem num calabouço. Recentemente os fascistas ainda ressentiam-se da propaganda negativa que fora o brutal fuzilamento do poeta Garcia Llorca, morto com tiros pelas costas em Granada, não desejavam um outro desastre publicitário da mesma ordem.(...)
in http://educaterra.terra.com.br/voltaire/artigos/unamuno2.htm
quinta-feira, abril 16, 2009
A Universidade de Salamanca-Estudos "Menores"
quarta-feira, abril 15, 2009
A Catedral de Salamanca-pormenores
Ao determo-nos sobre o portal da Catedral, deixando conduzir o olhar pelos pormenores que nos chamam, leva-nos a olhar o Sagrado e Profano como duas faces de uma mesma moeda. Ora vejam!
terça-feira, abril 14, 2009
Em torno da Casa das Conchas
segunda-feira, abril 13, 2009
A Caminho das Astúrias...
Acabadinha de chegar, quero deixar-vos, apenas, um rápido apontamento de como encontrei a Praça Maior de Salamanca. Havia vida, havia festa.
quinta-feira, abril 02, 2009
Uma pausa bem desejada - até breve!
Porque vivimos a golpes...
LA POESÍA ES UN ARMA CARGADA DE FUTURO
Cuando ya nada se espera personalmente exaltante,
mas se palpita y se sigue más acá de la conciencia,
fieramente existiendo, ciegamente afirmando,
como un pulso que golpea las tinieblas,
cuando se miran de frente
los vertiginosos ojos claros de la muerte,
se dicen las verdades:
las bárbaras, terribles, amorosas crueldades.
Se dicen lo poemas
que ensanchan los pulmones de cuantos, asfixiados,
piden ser, piden ritmo,
piden ley para aquello que sienten excesivo,
con la velocidad del instinto,
con el rayo del prodigio,
como mágica evidencia, lo real se nos convierte
en lo idéntico a sí mismo.
Poesía para el pobre, poesía necesaria
como el pan de cada día,
como el aire que exigimos trece veces por minuto,
para ser y en tanto somos dar un sí que glorifica.
Porque vivimos a golpes, porque apenas si nos dejan
decir que somos quien somos,
nuestros cantares no pueden ser sin pecado un adorno.
Estamos tocando el fondo.
Maldigo la poesía concebida como un lujo
cultural por los neutrales
que, lavándose las manos, se desentienden y evaden.
Maldigo la poesía de quien no toma partido hasta mancharse.
Hago mías las faltas. Siento en mí a cuantos sufren
y canto respirando.
Canto, y canto, y cantando más allá de mis penas
personales, me ensancho.
Quisiera daros vida, provocar nuevos actos,
y calculo por eso con técnica, qué puedo.
Me siento un ingeniero del verso y un obrero
que trabaja con otros a España en sus aceros.
Tal es mi poesía: poesía-herramienta
a la vez que latido de lo unánime y ciego.
Tal es, arma cargada de futuro expansivo
con que te apunto al pecho.
No es una poesía gota a gota pensada.
No es un bello producto. No es un fruto perfecto.
Es algo como el aire que todos respiramos
y es el canto que espacia cuanto dentro llevamos.
Son palabras que todos repetimos sintiendo
como nuestras, y vuelan. Son más que lo mentado.
Son lo más necesario: lo que no tiene nombre.
Son gritos en el cielo, y en la tierra, son actos.
(Gabriel Cellaya - De Cantos Iberos, 1955)