(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
(Aguarelas de Turner)
Ao chegar a Pompeia, que nunca visitara, vivi um misto de sentimentos contraditórios. O fascínio por poder descobrir uma quase "intacta" cidade romana, de poder percorrer o seu empedrado largo, os seus passeios estreitos e altos, de "adivinhar" a diversidade de gentes e a vida intensa que fervilharia por todas aquelas ruas, de observar a beleza dos espaços, trouxe-me a sensação de quase poder "tocar" aquele ano de 67...afinal não tão distante assim dos nossos dias . O outro lado que nunca consegui deixar de ter presente foi o drama que ali ocorreu e que ainda se encontra "vivo" e "escrito" por todos aqueles recantos e lugares. Olhando o silencioso Vesúvio, e a nova Pompeia que por ali se reinstalou, tive a certeza que tudo vai voltar a acontecer. Impossível não questionar também esta teimosia humana.
Tenho seguido religiosamente esta viagem. A Florença penso (re)voltar em Outubro. É a minha cidade. Feita à minha medida que percorro a pé e onde o museu se encontra ao ar livre em cada esquina, em cada pedra, nas nesgas de rio e montes.
ResponderEliminarHoje - Pompeia - e subscrevo inteiramente tudo o que disseste. Estive lá a primeira vez há 40 anos e guardei essa imagem. Revisitada no ano passado o excesso de turistas, de latas de coca-cola, do circo da entrada, dos postalinhos e de toda a parafernália turística irritou-me um pouco. Mas o fauno pacificou-me. Hei-de procurar, com tempo, uma foto minha de há muitos anos tirada na casa do fauno com chuva em que os pingos da chuva saltam do laguinho onde está o fauno. Mandar-te-ei digitalizada quando a encontrar.
Um beijo e obrigada pela recordações que me trazes.
É engraçado ver como nos identificamos uns com os outros.
ResponderEliminarPrimeiro, sinto o mesmo que o teu visitante anterior relativamente a Florença. Viveria nessa cidade como em casa.
Depois... Pompeia e o deslumbramento: a acção do tempo, o conceito de TEMPO, pois aquilo aconteceu (como que) há dias, se tivermos em conta a longa duração da História dos Homens e da Terra; ali tudo está (quase)intacto para que nos lembremos que os fenómenos se repetem.
Normalmente não há memórias destes fenómenos porque os ciclos com que se repetem são largos e 200 ou 300 anos é muito para que nos lembremos quando imperativos económicos (urbanísticos e outros) impõem construção mal pensada.
Estar em Pompeia é ouvir a História, de facto. Muito para além dos olhos...
Esta reciprocidade é-me muito agradável.Obrigada às duas. Beijos!
ResponderEliminarFascinado, continuo a imaginar Pompeia pelos olhos das amigas.
ResponderEliminarAbraço
Comentaste e com muita ternura, assim: "Um cão como nós...sempre"
ResponderEliminarE eu fiquei muito sensibilizado.