Rosa, em seu trono, pra os da Antiguidade
eras um cálice com um bordo simples.
Mas para nós és a flor plena, inumerável,
o objecto inesgotável.
Pareces na opulência trajo sobre trajo
a envolver um corpo de nada mais que brilho;
mas cada pétala tua é a um tempo só
fuga e negação de toda a roupagem.
De há séculos teu perfume nos proclama
os seus nomes de maior doçura;
de súbito, paira no ar como uma glória.
No entanto, não o sabemos nomear, adivinhamos...
E para ele passa a lembrança
que pedimos às horas invocáveis.
( Rainer Maria Rilke- As Elegias de Duíno e Sonetos A Orfeu)
Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
terça-feira, julho 20, 2010
o objecto inesgotável...
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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Sim, o que o perfume da rosa poderia ser...
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