(Edvard Munch)
O grito que se solta
espaço a espaço
que se afunda
mole e aderente
que se adivinha
curvo e apertado
que é atmosfera
inconsistente
o grito que se insinua
pela tarde
se insinua mudo
incoerente
no vértice do mar
no espelho em face
na face que recorda
e se pressente
o grito que se sabe antigo
imenso
que ao sol se alastra
levemente
e levemente oscila
e se contorna
assim e devagar
serenamente
serenamente finge
e ignora
serenamente nu
serenamente
o grito que em tristeza
cai lá fora
no espaço que da chuva se
desprende.
(Maria Teresa Horta-Amor Habitado)
Saudades de vir aqui
ResponderEliminarÉ recíproco. Obrigada. Beijos.
ResponderEliminar