XXIX
Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
Do que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor de sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés-
O mesmo de sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma...
(Alberto Caeiro- O Guardador de Rebanhos)
Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
segunda-feira, junho 14, 2010
A cor das flores não é a mesma...
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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Ele a enciclopédia dos estados de alma.
ResponderEliminarO olhar do pastor de sonhos.
ResponderEliminarbelo e belo.
ResponderEliminar1 beijo daqui.
Tão aparentemente simples e tão complexo o "nosso" Caeiro...
ResponderEliminarAbraço