Turner na liberdade das suas aguarelas dá-nos a emoção do olhar e do sentir em estado puro.Este espaço propõe-se convocar, pela voz dos que sabem, múltiplos instantes de vida: luz e sombra; esquecimento e memória; vida e morte...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
segunda-feira, novembro 26, 2012
Por amor talvez espreitasse de novo nas mangas do mundo....
As palavras começam a ficar velhas: têm
dores nas articulações e rangem, de vez
em quando, sem razão; reclamam óleos
e resinas, tempo e açúcares mais lentos.
Mas também eu estou velha demais para
oficinas, tão cansada de livros e papéis,
morta por viver outras coisas – por amor,
talvez espreitasse de novo nas mangas do
mundo e escrevesse uma fiada de búzios
no pulso da areia. Mas quantos dos teus
beijos perderia? Perdoem-me os que
ainda esperam por mim. Não sei se volto.
Maria do Rosário Pedreira -[in Poesia Reunida, Quetzal, 2012]
Olhar o mundo à minha volta,
gostar dos que me são queridos,
usar, da melhor maneira, aquilo, que julgo saber...
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Se os beijos se perdessem, quando são dados com amor, não valeria a pena amar.
ResponderEliminarEles ficam gravados a fogo na nossa boca, em todo o nosso corpo, e nunca se perderão.
Nem a água do mar poderá curar as cicatrizes que nos deixam... nem o som dos búzio acalmará a nossa saudade...!