sábado, dezembro 30, 2006

Procuram os homens ansiosamente o ramo do louro...

( Rodin)



Guio-me
Por teus olhos abertos
Sobre a trêmula e ardente
Superfície das lágrimas.

De tantas coisas
É feito o Mundo!

Entre escombros, espigas, dias e noites
Procuram os homens ansiosamente
O ramo de louro.

Quando, fatigados,
Próximos estão do limiar, do pórtico,
Os homens deixam, à entrada,
Suas mais queridas coisas.

E ei-los que apenas se incomodam,
E se interrogam,
Sobre o modo mais simples
De se despir e adormecer.


Raúl de Carvalho